quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

A importância de conhecer o contexto em que estão inseridas as organizações em Aracaju

A Abordagem Contigencial da Teoria Geral da Administração, em seus pressupostos salienta a influência do imperativo ambiental e do imperativo tecnológico. De acordo com a situação ocasionada por esse dois, ou um desses imperativos, a organização pode ser moldada. Ela pode agir da maneira mais propícia ao contexto em que está inserida.

As organizações em Aracaju não fogem a esta regra. Os valores, os costumes, a cultura da cidade influenciam as organizações. Os valores religiosos são determinantes muitas vezes. Se algo vem a sobrepujá-los, discussões e discordâncias latentes serão lançadas. Motéis disfarçados de pousadas não puderam receber sua verdadeira denominação judicial, por que isso feria esses valores.

O movimento de instalação de empresas estrangeiras sempre foi corriqueira em Aracaju. Elas fazem parte do campo organizacional criado pela Gigante Estatal Brasileira, que possui base na cidade. Elas se depararam com os fatores declarados no parágrafo anterior. A implantação da tecnologia é de acordo com esses fatores. A relação administração-componentes organizacionais em Aracaju, molda-se nesse que foram mencionados. Essas organizações se adequaram aos entraves tecnológicos e sociológicos aracajuanos.

Assim, diante dos pressupostos da abordagem contigencial fica facilitado o entendimento do porquê da modelagem organizacional, tendo em vista as características sociológicas e tecnológicas do ambiente ao qual a organização se instalará. Aracaju é uma cidade de promissora economia.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Demonstrações Contábeis: importantes ferramentas de análise

As Demonstrações Contábeis são o principal subsídio de análise da situação econômico-financeira de uma empresa. São as principais fontes de informação para que investidores, acionistas, administradores e outros stakeholders, tomem decisões sobre a empresa, sejam elas de cunho de investimentos ou de melhora de operação organizacional.

O Balanço Patrimonial tem como objetivo expressar os elementos financeiros e patrimoniais de uma empresa, através da apresentação ordenada das aplicações de recursos (denominados de Ativos) e das origens desses recursos (é o chamado Passivo, que é composto de Capitais de Terceiros e de Capitais Próprios). A Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) evidencia o Lucro ou Prejuízo Líquido do Exercício, pormenorizando a composição da receita conquistada pela empresa, através da dedução de despesas, impostos, custos e margens de lucro.

A análise por meio de Índices Financeiros envolve os métodos de cálculo e a sua interpretação, para avaliar o desempenho e a situação da empresa. São colhidos das Demonstrações Contábeis já mencionadas. A eficiência da análise depende de que forma é feita a comparação. Esta tem três variantes: análise de setor, análise série-temporal e análise mista. A análise de setor consiste em comparar os índices da organização com os índices dos concorrentes do setor que ela atua. A análise série-temporal, por sua vez, compara os índices da empresas ao longo do tempo. A análise mista é o uso das duas.

A Análise Vertical e Horizontal são ferramentas básicas de uma análise completa da situação da empresa. A primeira mostra a composição percentual de cada conta em relação aos recursos utilizados e suas origens (no caso do Balanço Patrimonial), e a de cada item expresso na DRE em porcentagem das vendas, permitindo uma fácil avaliação de receitas e despesas especificas. A Análise Horizontal é uma análise série-temporal útil para avaliar a evolução das contas e item mencionados em dado período.

Pelo exposto, vimos a importância das Demonstrações Contábeis na análise econômico-financeira para melhor tomar decisões de investimento. É importante para o Administrador conhecer esta pratica, por ser o principal Agente decisório de investimentos.

domingo, 16 de dezembro de 2007

Os grupos informais e sua importância estrutural

A Organização é formada por pessoas, estrutura e recursos. Ela é a união estável entre a estrutura formal e a informal. Entretanto, sua funcionalidade depende de como a primeira se comporta.

O capital intelectual tem como a sua principal fonte o capital humano, ou seja, os talentos, os conhecimentos e as competências das pessoas. É devido a isso, que o tratamento a elas foi se modificando ao longo do tempo. De meros componentes das máquinas passam a recursos humanos. Hoje são reconhecidos como os principais parceiros organizacionais. Dessa forma evoluiu a administração da estrutura informal, tornando-se a principal fonte de competitividade.

Por conseguinte, ainda há práticas de gestão que aumentam a força dos grupos informais. A discrepância entre os objetivos organizacionais e os objetivos individuais. O sistema de decisão totalmente concentrado no nível estratégico. O tratamento autocrático. O não reconhecimento das lideranças informais. Esse são alguns deslizes que fortalecem os grupos informais.

Assim, a funcionalidade de uma organização depende da perfeita interação da estrutura formal com a informal. Muitas organizações reconheceram isso e são exemplos de sucesso (IBM, Magazine Luiza, dentre outros). As pessoas que compões uma empresa são a sua principal fonte de competitividade.

domingo, 9 de dezembro de 2007

O logotipo da Vale


A marca é o atributo organizacional de maior relevância no momento. Ela é quem separa o joio do trigo no mundo dos negócios. É ele que simboliza o poder de uma organização. Construí-la é um trabalho árduo e de longínquo prazo.

O que especifica a marca é o emblema, o logotipo. Caracteriza-lo é uma tarefa de enorme dificuldade e que exige grande criatividade. A Companhia Vale do Rio Doce (CRVD) ao modificar seu logotipo e marca levou todas essas ponderações em consideração. Mas, parece que ainda não agradou nem a mídia nem a opinião pública. Gastou-se em torno de R$ 50 mi para a construção desta nova marca ai em cima.

Neste ano a CVRD ou Vale, como preferir, passou por altos e baixos. Tornou-se a 2ª maior mineradora do mundo, antes era a 1ª. A opinião pública, principalmente os movimentos sociais, colocou em xeque a sua privatização, o que rendeu a Vale muitas inserções publicitárias para trabalhar esta imagem negativa. Em outubro tornou-se a maior empresa no Brasil ao ultrapassar a Petrobrás na Bolsa. Mas, no mês seguinte caiu para a quinta posição.

Em meio a esses altos e baixos surge uma nova polêmica: o caso de possível plágio de logotipo. A figura mostra muita semelhança entre os logotipos. Será que faltou criatividade, mesmo com os R$ 50 mi, ou foi apenas uma mera coincidência? Era necessário mudar a marca da empresa?

sábado, 8 de dezembro de 2007

A Hotelaria Hospitalar e o cliente de saúde

Apesar da modernização tecnológica e cientifica, que transformaram os hospitais competitivamente nos últimos anos, o cliente de saúde (pessoas enfermas, familiares, acompanhantes, visitas) é esquecido. Este, que circunstancialmente fica fragilizado, com emoções e sentimentos a flor da pele, está cada vez mais ciente de que a tecnologia e o conhecimento técnico e científico estão teoricamente ao alcance de todos.

O desempenho com qualidade nos serviços hospitalares, não somente os da atividade-fim, mas também da atividade-meio, é condição determinante para o sucesso da instituição de saúde, onde a concorrência tornou-se mais acirrada e o cliente de saúde mais perceptível e exigente. A hotelaria hospitalar é uma tendência que veio livrar os hospitais de "cara de hospital" e que traz em sua essência uma proposta de adaptação a nova realidade do mercado, modificando e introduzindo novos processos, serviços e condutas.

Também a sua perspectiva vem alijar uma das maiores dificuldades das instituições de saúde, que sempre foi e continua sendo a incapacidade de seus gestores, que na maioria não são administradores de formação, em visualizar o leque de entes que a expressão "cliente de saúde" abrange. É uma abordagem estratégica que visa acabar com este tratamento. Por conseguinte, mudanças estruturais tentam deixar para traz a imagem clássica de hospital, levando para estas instituições serviços que minimizam a impacto do momentos difíceis, transformando a estada no ambiente hospitalar mais agradável.

A missão de um hospital não se encontra pura e simplesmente em transações comerciais a realizar. O mais importante é o respeito e humanização nos serviços prestados aos clientes de saúde. Entretanto, fica a dúvida se este novo modelo de hospital pode ser implantado nos hospitais públicos.

sábado, 24 de novembro de 2007

A Cadeia de Suprimentos e sua base tecnologica

Forçadas pela competição ocasionada tanto pela globalização e de novas tecnologias, as empresas buscam focalizar suas operações em todos os canais de suprimentos e distribuição. A cadeia de suprimentos é o conjunto de elos de distribuição de materiais que tem como meta a redução dos custos dos estoques e a satisfação máxima dos clientes através de serviços eficientes. Ela é formada por fornecedores, centros de distribuição e comércio varejista.

A gestão de cadeias de suprimento engloba as atividades dos elos da cadeia, os tornando coesos e evitando conflitos. Tem como funções básicas: suprir clientes na quantidade, no tempo e local desejados e fornecer um alto grau de serviço. Para seu bom funcionamento a cadeia de suprimento precisa sanar as seguintes disfunções: conflitos entre os entes da cadeia que possuem interesses divergentes; sistema dinâmico que se modifica de acordo com novas tecnologias; nivelamento entre serviços e estoques. Novas técnicas de administração como just-in-time, kanban e qualidade total podem fomentar a integralização.

Existem três fluxos da cadeia de suprimentos, a saber: fluxo de materiais, fluxo de informações e fluxo financeiro. Analisar estes fluxos torna-se importante para garantir a integralização. A falta desta resulta em elevadas oscilações dos estoques em cada um dos elos. Ás vezes estas oscilações levam muito tempo para serem recuperadas. Daí a necessidade de que todos os parceiros nela incluídos estejam em perfeita sintonia operacional. Busca-se, deste modo, a otimização global resolvendo em cada etapa os conflitos que surgem em função de antagonismos, verificando-se também o estágio de evolução da cadeia de suprimentos (informal, funcional, integração de processos internos e organização integrada).

A capacidade em atender de forma rápida e eficiente às demandas dos clientes. Qualidade dos produtos e serviços oferecidos. Flexibilidade no mix de produtos e serviços. Custo de produção reduzindo e maximizando os recursos operacionais. Todos esses pontos são focos de desempenho que deve ser avaliado na cadeia de suprimentos. Uma forma de integralização da cadeia de suprimentos seria através dos recursos disponibilizados pela Tecnologia da Informação (TI). A utilização de códigos de barras lidos através de scanners de leitura óptica a laser ou a mais recente tecnologia da radiofreqüência são aliados na otimização da cadeia. O uso de EDI torna preciso o sistema de identificação. Mas, o EDI só é viável se todos os entes da cadeia interajam virtualmente. Um componente básico para interação eletrônica seria por rede VAN, que tem a finalidade de permitir a comunicação entre empresas.

Uma cadeia de suprimentos integrada por um sistema TI com o uso de EDI, permite que os fornecedores tomem conhecimento, em tempo real, do desempenho de consumo de cada produto no cliente do varejista, resultando assim em uma maior precisão nas estatísticas de demanda projetada. Assim também como a visão global permite um exame dos tempos despendidos em cada elo da cadeia, bem como vai facilitar identificar as responsabilidades operacionais de cada um.

A cadeia de suprimentos traz ainda uma nova forma de estratégia que visa um fluxo do produto tão flexível e eficiente, denominada de reposição contínua que serve como ferramenta eficaz de planejamento aos varejistas. Esse sistema possui uma onerosidade devido aos altos custos de implantação. Porém, ela proporciona um incremento do nível de serviços ao cliente de maneira significativamente mais reduzido do que no sistema tradicional. A produção passa a ser comandada pela exigência da demanda na ponta de consumo e não com base em estimativas de consumo. Além de que ela favorece o uso de outros sistemas como o RMI (gestão de estoques pelo varejista) e o VMI (gestão de estoques pelo fornecedor).

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Orçamento x futebol: quanto custa torcer pelo time do coração?

Quem reúne amigos em casa gasta com festinha particular; veja valores para ir ao estádio e vestir a camisa do clube


Existem pessoas que não medem esforços quando torcem pelo time do coração. Reúnem os amigos, vestem-se adequadamente ou vão ao estádio sem pensar em mais nada. Mas como tudo na vida, torcer tem um custo. Você sabe qual é ele? Para que a torcida fique mais animada, existe a possibilidade de reunir os amigos em casa. Os gastos, nesse caso, seriam com a bebida e os petiscos oferecidos, além da bandeira do time do coração e as cornetas, para fazer bastante barulho na hora do gol.

Vestido à caráter

De acordo com dados de última pesquisa realizada pelo Ibope, o Flamengo era o time com a maior torcida do Brasil, com 18,1% do total. Em seguida estavam Corinthians (13,2%), São Paulo (7,3%), Palmeiras (6,5%) e Vasco (5,5%). Os aficionados por futebol gastam bastante para ter a camiseta do time do coração. O preço não é menor do que R$ 100 para os modelos de 2007/2008, segundo dados de duas empresas que vendem essas camisetas - sem número - pela internet, conforme listado abaixo.

Junto com a torcida organizada

Alguns fãs de futebol não abrem mão de assistir aos jogos nos estádios, ouvindo os gritos de guerra das torcidas. Além do gasto com a locomoção, esses torcedores ainda têm que comprar o ingresso.No caso do Pacaembu - estádio Paulo Machado de Carvalho -, o preço varia de acordo com o jogo que se quer assistir. No Morumbi - estádio Cícero Pompeu de Toledo -, no entanto, os preços variam segundo o local de onde pretende assistir à partida: de R$ 15 na geral amarela (meia entrada R$ 7) a R$ 50 no Morumbi Premium Club (meia entrada R$ 25). No estádio São Januário, por sua vez, o torcedor paga R$ 20 para ficar na arquibancada (R$ 10 meia entrada). Quem é sócio do clube ainda tem opção de pagar R$ 50 na cadeira social (R$ 25 meia entrada).

Tudo em casa

Quem prefere ficar em casa ainda pode assinar os pacotes das televisões a cabo. Existem canais que passam os jogos dos campeonatos brasileiros 24 horas por dia. Na Net, para assinar o Brasileirão série A e B mais dois campeonatos estaduais em 2007, por exemplo, o valor é de R$ 64,90, mas pode mudar para os campeonatos do próximo ano. O valor mensal pode não compensar para quem gosta de acompanhar apenas alguns jogos e faz questão de ir ao estádio. Mas para quem não abre mão de estar por dentro de todos os lances, essa pode ser uma boa opção.

Torcer pelo Brasil

Quem torce pela seleção brasileira também gasta bastante com a camiseta. Mas pode economizar se tiver calma. Isso porque, nas trocas de modelos o preço diminui, assim como acontece com as camisetas dos times. Para se ter uma idéia, o modelo de 1994 da seleção, uma camisa comemorativa, que custava R$ 94,90 na Roxos e Doentes, hoje sai por R$ 49,90. Já o modelo de 2006, que era encontrado a R$ 169,90 no ano passado, pode ser comprado por R$ 99,90 também na Roxos e Doentes.
Texto retirado do site da InfoMoney:
http://web.infomoney.com.br//. O achei bacana, por isso resolvi postá-lo aqui.

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Responsabilidade Social e Ética nos Negócios

A Nike , uma das maiores organizações do mundo, recentemente perdeu mercado devido a um escândalo. Ela foi acusada de ter disponível mão-de-obra escrava. Crianças e adultos trabalhavam costurando bolas em regime de quase escravidão na Coréia do Sul. Este episódio faz com que o ditame da Responsabilidade Social e a ética sejam estudados profundamente pelos administradores.

Uma das grandes visões sobre Responsabilidade Social vem de Andrew Camegie, através da publicação de seu livro chamado O Evangelho da Riqueza. Para Carnegie, as organizações precisavam adotar dois princípios amplamente partenalistas: o princípio da caridade e o princípio da custódia. Quando os membros mais afortunados da sociedade ajudam os menos afortunados, como os desempregados, os doentes, os inválidos e os idosos, estão aplicando o princípio da caridade. Com este, toma-se necessário ás empresas contribuírem com recursos para instituições que ajudam os desafortunados. O próprio Camegie pôs em prática o que pregava, doando milhões de dólares para objetivos civis em caridade.

A partir do momento que as empresas e os indivíduos ricos transformam-se em guardiões, ou zeladores, mantendo suas propriedades em custódia, multiplicando a riqueza da sociedade, aumentando a sua própria através de investimentos prudentes dos recursos, para beneficio da sociedade como um todo, é aplicado o princípio da custódia. As diretrizes deste princípio vêm da doutrina da religião protestante. Entretanto, a Responsabilidade Social das empresas depende do objetivo e valores sociais dos indivíduos que as comandam. Assim, caso choque com as suas metas, as organizações podem deixar em segundo plano sua Responsabilidade Social.

Esse fato das forças às idéias de Milton Friedman. Para ele a responsabilidade primária de uma organização e usar seus recursos, contanto que em atividades destinadas a aumentar os lucros, contanto que obedeçam as regras do jogo, participando de uma competição aberta e livre sem enganos e fraudes, deixando os princípios de Carnegie nas mãos dos órgãos públicos. Friedman chegou a esta conclusão ao considerar que os administradores iram aplicar a Responsabilidade Social sem seguir as regras básicas, podendo onerar, com os custos, os acionistas, os empregados e os clientes da organização. Porém, os ideais de Friedman e Carnegie podem se fundir, havendo uma divisão da Responsabilidade Social entre vários segmentos da sociedade, inclusive o governo e a comunidade empresarial.

Com o aprofundamento do estudo de como as organizações se conscientizam e reagem às questões sociais, foi criada a teoria da reatividade social das empresas.Ela tem como base duas abordagens: o Modelo de Ackerman diz que a reação da empresas deve ser iniciada pela descoberta da existência de um problema social, passando pela contratação de acessores ou especialistas que idealizem a solução dele e por fim a implementação do que foi sugerido por estes. Já o Modelo de Preston e Prost relata que a empresas deve manter relacionamentos primários - com clientes, empregados, acionistas e credores - e secundários - a lei e a moralidade - com a sociedade, levando em conta os limites fixados pelo governo e a opinião pública. Analisando esses dois modelos e tendo em mãos as idéias filosóficas da Responsabilidade Social, Archie Carro formulou sua teoria. A ação social das empresas deve abarcar princípios, processos e políticas sociais. Por conseguinte, é criado em contrato igualitário entre empresas e sociedade. Este contrato é implementado nas decisões reativas, defensivas, acomodativas ou pró-ativas.

Todavia, o reativismo das organizações não proporciona em modo de administrar eficazmente um conflito de valores. Ele oferece poucos conselhos sobre como resolver disputas que representam visões de mundo fundamentalmente diferentes. Assim, necessitou-se de uma abordagem em que a Ética estivesse envolvida. O modelo que adota a Ética envolve tanto relacionamentos Lllternos quantos externo, sendo mais geral, diferentemente da Responsabilidade Social que é submersa a ambientes externos. Daí a importância da abordagem da Ética. Mas para dedicarmos a esta abordagem, precisa-se compreender a linguagem ética, salientando-se termos como valores, direitos e deveres, regras morais e relacionamentos. Estes podem ser somados ao ditames básicos de moralidade comum, que vai do cumprimento de promessas e termina no respeito pela propriedade.

Ao se estudar o raciocínio moral nos deparamos com as perspectivas de "justiça" e de "envolvimento". As pessoas que atuam a partir da perspectiva da justiça enfatizam a sua vida autônoma, possuindo um medo de se relacionar profundamente com outras pessoas, mas quando querem proteger os direitos que preservem a separação, através de soluções para problemas morais.Essa perspectiva, segundo os estudiosos, é típica dos homens. A perspectiva de envolvimento, por outro lado, típica das mulheres, teme que a moralidade dos direitos e de não-interferência sancione as indiferenças e o não envolvimento. Essa postura e tomada devido à idéia de que os problemas morais surgem das responsabilidades conflitantes, por enfatizar o sentimento de conexão com os outros. Aplicando a Ética os administradores devem levar em consideração no efeito que pode causar em seus diferentes grupos de stakeholders. Portanto, toma-se necessário institucionalizar a Ética, criando códigos de conduta, comitês de ética utilizando uma consultoria externa ou auditores sociais, que poderiam também realizar programas de treinamento em Ética.

Por fim, conscientizando-se da influência que pode exercer o relativismo ingênuo - sustenta a idéia de que os seres humanos serem em si padrão pelo qual deve ser julgado - e o relativismo cultural - diz que a moralidade é relativa a uma cultura em particular, os administradores devem evitar ambas. A interação entre o indivíduo e a comunidade é o carro chefe do relativismo. A abordagem ética tem essa afirmação como base.

domingo, 4 de novembro de 2007

Negócios Globalizados

A globalização é uma das mudanças mais significativas no ambiente externo das empresas. Os indivíduos e as organizações podem possuir ativos estrangeiros, tanto através de investimento em carteiras de investimentos, que não envolve nenhum papel na administração, mas dá direito sobre os lucros, quanto através de investimento direto, que é caracterizado por um envolvimento ativo na administração através de wna empresa multinacional.

A partir do fim da Segunda Guerra Mundial acelerou-se a internacionalização, quando os Estados Unidos passaram a dominar o mundo economica, política e militarmente, e os avanços tecnológicos em comunicação e transporte tomou possível a compra e a administração de ativos no exterior. Nos anos 60 começaram a aparecer competidores para os Estados Unidos, os principais sendo a Europa e o Japão. No início os norte-americanos não reconheceram seus concorrentes e tomaram-se pouco competitivos. Com o crescimento da competição internacional, os governos passaram a apoiar suas empresas, e estas por sua vez, tentaram influenciar as políticas governamentais em todo o mundo. Nos últimos anos, países comunistas abriram-se a medidas capitalistas devido a queda na produtividade e outros problemas econômicos, e a União Européia, surgida em 1992 para eliminar barreiras comerciais entre países membros e aumentar a união política na Europa, tomou-se um dos acontecimentos internacionais mais importantes da década de 90.

Poucas organizações começam como multinacionais. Por isso, algumas delas passam por quatro estágios para se tomarem internacionais. No primeiro, elas têm apenas participação passiva nos negócios com empresas estrangeiras no segundo, lidam diretamente com seus interesses em outros países; no terceiro, os interesses estrangeiros afetam as características da empresa; no quarto, tem que decidir com aproveitar as oportunidades externas.

As empresas tornam-se internacionais para obter acesso a recursos mais confiáveis ou mais baratos, para aumentar o retomo sobre seus investimentos, para aumentar sua parcela de mercado e para evitar tarifas e cotas de importação estrangeiras. Antes de optarem pela internacionalização as organizações devem se conscientizar de variáveis econômicas, políticas, tecnológicas, sociais nos outros "países, pois essas variáveis afetarão os ambientes das empresas. Podem também buscar previsões econômicas e avaliar as taxas de câmbio, as balanças de pagamento e os controles sobre importação e exportação e sobre investimentos estrangeiros.

As empresas que desejem se expandir num país estrangeiro precisam analisar ainda sua estabilidade política, as atitudes do governo e a eficácia da burocracia governamental. Os administradores de multinacionais devem se conscientizar de que os níveis de tecnologia diferem de país para país, bem como a experiência das pessoas e sua familiaridade à tecnologia. As multinacionais trazem ações positivas aos países hospedeiros, como a melhoria em sua balança de pagamentos, a criação de empregos locais, a melhoria da competição e a maior disponibilidade de bens. Por outro lado elas absorvem os investimentos e quebram produtores locais. Além disso, pode enfraquecer a balança de pagamentos, diluir a vantagem tecnológica e causar a diminuição de empregos no país de origem.

A análise da demografia e dos estilos de vida em diferentes países é vital para o sucesso na comercialização de produtos que venham a ser atraentes aos consumidores estrangeiros. Entretanto, o sucesso definitivo de uma multinacional freqüentemente depende de sua habilidade em se ajustar ao tecido social criado pelos valores e pela cultura do outro país. Os administradores devem compreender a diferença entre o controle burocrático e o controle do clã, devem entender a cultura dos empregados estrangeiros e também prestar atenção às suas próprias atitudes.

A escolha da melhor abordagem da administração nos levar a muitos questionamentos e controvérsias já que as técnicas japonesas e americanas dão certo, só que há a possibilidade de nenhuma abordagem ser eficaz em todos os países, por isso muitos preferem uma síntese entre as técnicas de administração dos Estados Unidos e do Japão.

sábado, 3 de novembro de 2007

Implementação de Estratégia

A implementação de estratégia no âmbito operacional das organizações depende do tamanho do problema a ser enfrentado e do tempo disponível para a resolução. Em problemas pequenos a com pouca pressão pra resolve-Io, põe-se em prática as intervenções evolucionárias. Pode ser tido como ineficiente, por que esse processo exige decisões rotineiras dos administradores. Problemas pouco significantes, mas que exijam resoluções imediatas, mesmo com efeitos secundários pequenos, pedem intervenções gerenciais. Por conseguinte, na existência de problemas sérios, que necessitam intervenções planejadas, e que há bastante tempo para sana-Ios, um administrador pode optar pelo processo chamado de intervenção seqüencial. Porém, quando é em curto prazo e grandes mudanças são iminentes, os administradores devem optar, sem sombra de dúvida, pela intervenção complexa.

A implementação bem-sucedida depende da estrutura da organização. Ela é moldada em três fases de desenvolvimento. A empresa com unidades separadas, com o advento da integração vertical, passa por uma organização funcional, até torna-se uma empresa multidivisional. Adquirindo experiência em outros países e obtendo esses mercados, as empresas multinacionais nascem. Para impulsionar a execução de estratégias que afetem o desenvolvimento da organização , adota-se o modelo dos sete fatores. Esse modelo é um arcabouço para mudanças. A estrutura, a estratégia, os sistemas, o estilo, o pessoal de apoio, as capacidades e os objetivos supremos, podem afetar o desenvolvimento da organização, tanto positivamente quanto negativamente. O modelo dos sete fatores mostra como a implementação da estratégia é institucionalizada. A institucionalização só é possível quando líderes das organizações desenvolvem sistemas de valores, normas, papéis e grupos que ajudem a alcançar os objetivos estratégicos.

A influência dos chefes executivos é notória, pois suas qualidades e defeitos moldam a estratégia da organização. Em relação aos gerentes gerais, por possuírem maior contato com os níveis mais baixos da organização, seu desempenho influencia diretamente a estratégia implantada pela organização. Dependendo de que situações ocorram é o gerente geral que irá decidir entre promover alguém de dentro da companhia ou optar pela contratação de alguém de fora. Quando as estratégias dão ênfase a objetivos gerais e curso de ação para as organizações, necessita-se traçar planos operacionais que incorporem a estratégia em operações do dia-a-dia. Ao se objetivar o uso de ações detalhadas que provavelmente não serão repetidas no futuro, os Planos de Uso Único são usados. Programas, projetos e orçamentos são os principais. Tendo atividades que aconteçam repetidamente, as organizações optam por Planos Permanentes. Torna-se desvantagem em adotar os Planos Permanentes se os administradores ficarem presos a decisões anteriores que não são mais apropriadas. As políticas, os procedimentos e as regras englobam os Planos Permanentes. Para facilitar a implementação de estratégia adota-se alguns procedimentos. As metas anuais esclarecem as tarefas dos administradores por Ihes darem melhor compreensão do seu papel na estratégia da organização. Bem estruturadas as metas anuais qualificam o desempenho da companhia em termos absolutos. Porém, isso só é será possível com a interação das diferentes unidades ou departamentos da organização.

A Gerência Por Objetivos integraliza os administradores e subordinados. A GPO está centrada em: comprometimento com o programa, estabelecimento dos objetivos pelo nível máximo, objetivo individuais, participação, autonomia e revisão de desempenho. O Sistema de Recompensas, por sua vez, moldam o comportamento grupal e individual. Motivação de empregados pode direcionar seu desempenho para os objetivos da organização.

Por fim, para garantir a eficácia da implementação da estratégia é preciso reconhecer sua barreiras. As restrições ambientais como a escassez de recursos naturais, que podem afetar a obtenção de matéria-prima, a política adotada pelos governos nacionais, assim como a influência dos stakeholders, por representarem desafios específicos precisa ser analisada cuidadosamente. As atitudes tomadas em relação ao crescimento, as mudanças de poder das nações que as companhias estão instaladas e a influência direta da tecnologia também são restrições ambientais. As restrições internas como inflexibilidade, obsolescência de executivos, bairrismo dos departamentos, valores, estilos, tradições e a falta de poder dos executivos afetam a eficácia da implementação da estratégia.

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Uma visão geral sobre planejamento

Planejamento é um processo permanente, que reflete e se adapta às mudanças em ambos os ambientes de ação direta e indireta. Para realizar nossos sonhos precisamos determinar objetivos específicos e mensuráveis com prazos finais realistas e alcançáveis. Os objetivos são importantes por quatro razões: proporcionam um senso de direção, focalizam nossos esforços, guiam nossos planos e decisões e nos a avaliar nosso progresso.

O planejamento poderia ser visto como a função inicial da administração, mas não recebe a importância necessária, talvez deveríamos pensar no planejamento como o princípio de tudo, como a raiz de uma grande árvore, onde saem os ramos da organização, da liderança e do controle. Os administradores devem possuir planos, pois sem eles não saberiam prosseguir, nem liderar ou organizar suas empresas.

As organizações usam dois tipos principais de planos: os planos estratégicos e os planos operacionais. Numa pirâmide da hierarquia dos planos vêm-se no topo a Declaração de Missão que é um amplo objetivo que abrange toda a organização, em seguida vem os planos estratégicos que são projetados pelos administradores de topo e de nível médio, por último estão os planos operacionais que são feitos por administradores de nível médio e de 1° nível.

Para se fazer mn planejamento baseado no Planejamento de Unidade Estratégica de Negócios (UEN) devemos considerar nove passos: 1) Formulação de objetivos; 2) Identificação das metas e estratégias atuais; 3) Análise ambiental; 4) Análise de recursos; 5) Identificação de oportunidades estratégicas e ameaças; 6) Determinação do grau de mudança estratégica necessária; 7) Tomada de decisão estratégica; 8) Implementação da estratégia; 9) Medida e controle do progresso.

O conceito de estratégica é antigo e pode ser definido por duas perspectivas diferentes: a primeira, pela perspectiva do que a organização pretende fazer, que é o programa amplo para definir e alcançar os objetivos de uma organização e implementar suas missões; a segunda, pela perspectiva do que a organização eventualmente faz, que é o padrão das respostas da organização ao seu ambiente através dos tempos.

Tanto os fatos quanto as pesquisas mostram o valor de se buscar a administração estratégica. O conceito atual de administração estratégica é decorrente das abordagens de formulação de política e de estratégia inicial, desenvolvidas para acompanhar as muitas mudanças ocorridas após a Segunda Guerra Mundial.

Ao se falar em estratégia é necessário discemir entre seus três níveis: a estratégia de nível corporate, que é formulada pela administração de topo da corporation para supervisionar interesses e operações de organizações compostas por mais de lUlla linha de negócios; a estratégia de unidade de negócios, que envolve a admitústração dos interesses e das operações de um negócio específico; a estratégia de nível funcional, ela cria um lugar para a administração de funções (como finanças, pesquisa e desenvolvimento e marketing) de modo que elas possam apoiar a estratégia de nível de unidade de negócios.

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

A Administração Cientifica e as suas ferramentas e técnicas para planejamento e tomada de decisão

Para apoiar o planejamento e a tomada de decisão, levando-se em conta a influência do ambiente externo, os administradores podem usar a abordagem da Administração Científica. Ela tem como principal objetivo converter dados em informações significativas, porém sem deixar de lado a intuição e a capacidade de julgamento. Ela usa equipes com capacidades matemáticas, analíticas e de processamento de dados, que procuram criar sistemas de solução que serão úteis para usuário não técnicos. Por conseguinte, só poderemos compreender como esse sistemas são desenvolvidos analisando os processos da Administração Científica.

Antes de implementa-la deve-se definir o problema. Depois, procura-se um modelo, o qual assumirá a forma de descrições verbais, de modelos físicos, ou de fórmulas matemáticas representando a relação entre as variáveis mais importantes. Esse modelo vem a se tornar um protótipo, conforme a sua eficácia. A solução será escolhida de acordo com o modelo adotado. Por fim, é só implementar o modelo.

Quando se planeja cortar gastos ou investir, os administradores usam previsões para criar pressupostos que orientem o planejamento. A previsão quantitativa baseia-se na análise de séries temporais e na previsão casual. Já a previsão qualitativa usa a técnica de Delfos - o consenso e obtenção de insight são possíveis através de brainstorming com grupos de especialistas - e a análise por múltiplos critérios.

De acordo com o que foi previsto, os administradores utilizam uma programação. O gráfico de Gantt serve para programar várias tarefas. Já o Pert - técnica de avaliação e revisão de programas ­usa estimativas dos tempos necessários para completar tarefas. Com o Pert pode-se administrar os recursos para que sejam alcançados os objetivos com eficácia. Economiza-se tempo e dinheiro. E controla projetos indicando que atividades são críticas para o alcance dos objetivos dentro do prazo.

O planejamento para alcançar objetivos com segurança depende da utilização dos recursos disponíveis com a máxima eficiência. Seria a maximização de Lucros e minimização dos Custos. Isso é possível, em condições de certeza, utilizando duas ferramentas da Administração Científica: a programação linear (técnica matemática para determinar a combinação ótima de recursos) e as redes generalizadas (que prioriza maximizar a operação, com por exemplo o Pert).

Quando se precisa tomar decisões que envolvam mudança e incerteza, que necessitam apenas uma quantidade limitada de dados, a Administração Científica oferece as Matrizes de Resultados e as Arvores de Decisões. As Matrizes de Resultados demonstram resultados esperados de várias alternativas de decisões, o que torna difícil determinar as probabilidades associadas a cada resultado. Ao se priorizar a modelação de decisões que envolvam uma progressão de decisões, as Árvores de Decisão são úteis.

Com a evolução da Ciência Administrativa, novas técnicas surgiram. A gerência de Rendimentos procura aumentar a receita determinando os preços dos produtos em função da demanda maior ou menos. O Otimizador de Planilhas, usando uma planilha eletrônica, é vantajoso por ser um modelo altamente visual e transparente, porém nem sempre a resposta encontrada pode ser a melhor. Os Sistemas de Apoio as Decisões (SAD), auxilia a tomada de decisões pro permitir a escolha de diferentes softwares de bancos de dados e apresentações gráficos. Os Sistemas Especialistas são um tipo de SAD que auxilia na emulação de decisões.

Assim, juntando essas três novas técnicas às demais, fica provada a eficácia da implementação da abordagem da Administração Científica. É só o administrador aplica-la conforme a sua necessidade.

quarta-feira, 31 de outubro de 2007

A tomada de decisão

A tomada de decisões é a identificação de um problema especifico e escolha de uma linha de ação para se resolve ou aproveitar uma oportunidade. É uma parte importante do trabalho de todo o administrador. Surge um problema quando uma situação existente difere da situação desejada, mas pode ser também uma oportunidade disfarçada.

O processo de identificação do problema é intencional e intuitivo e geralmente quatro situações alertam os administradores para os problemas: quando o padrão anterior de desempenho da organização foi quebrado, quando as; projeções e expectativas do administrador não estão sendo realizadas, quando outras pessoas trazem os problemas, e o desempenho dos concorrentes. As oportunidades perdidas criam problemas para as organizações, e elas vezes são encontradas enquanto se resolvem os problemas. O método de indagação dialética é um método de análise de problemas em que o administrador determina e nega suas suposições, e em seguida cria "contra-soluções” baseadas nas suposições negativas.

Os administradores divergem muito no que consideram ser um problema e em como decidem resouvê-lo. É necessário que aprendam a estabelecer prioridades e a delegar problemas menores aos subordinados. Assim como devem saber também diferenciar situações que necessitem decisões programadas, que são tomadas de acordo com políticas, procedimentos ou regras, e decisões não-programadas que se destinam a problemas incomuns ou excepcionais. Como a maioria das decisões envolve algum elemento futuro, os administradores devem ser capazes de analisar a certeza (altamente previsível), o risco ( pouco previsível), a incerteza (não previsível) e a turbulência (altamente imprevisível).

O modelo racional de tomada de decisões é o processo de quatro etapas que ajudam os administradores a pesar alternativas e escolher a que tiver melhor chance de sucesso. Dentre as quatro etapas estão: examinar a situação, criar alternativas, avaliar as alternativas e selecionar a melhor, e implementar e monitorar a decisão. O modelo racional trata os administradores como máquinas de tornar decisões, mas na verdade eles usam a racionalidade limitada para escolher uma alternativa que lhes satisfaça e usam também heurísticas como regras empíricas e deixam que os vieses tendenciosos distorçam suas decisões.

Existem dois critérios para se prever a eficácia de uma decisão. O primeiro é a qualidade objetiva de um.a decisão que é determinada pela qualidade da condução do processo funcional de decisão; o segundo é a aceitação por parte, que devem executá-la que é determinada pela natureza da decisão e por quem a toma.

Tradicionalmente, a responsabilidade final pela tomada de decisão é dos administradores, que podem persuadir ou compelir os subordinados a obedecer. Estes por sua vez possuem excelentes razões para resistir a uma decisão. Uma boa solução para isso é envolvê-los na tomada de decisão.

terça-feira, 30 de outubro de 2007

A estrutura organizacional

Estrutura organizacional é a forma que as atividades de uma organização são divididas, organizadas e coordenadas. O processo de organização é composto por cinco etapas: traçar objetivos, dividir o trabalho, departamentalizar, coordenar as atividades e monitorar a organização.

A divisão do trabalho, também chamada de especialização de tarefas, baseia-se na observação de que a produtividade aumenta quando se especializam as tarefas, contudo a simplificação do trabalho pode levar à alienação no trabalho. Para a departamentalização da organização, os administradores costumam usar um organograma, onde cada retângulo representa uma divisão de trabalho e o modo como as tarefas são departamentalizadas. Num organograma pode ser observado o alcance de gerência, que diz respeito ao número de subordinados que se reporta diretamente a um dado administrador. Alcances de gerência estreitos criam estruturas organizacionais altas, e alcances amplos criam estruturas organizacionais achatadas. Os organogramas são úteis para mostrar a estrutura fonnal da organização e que é responsável por determinadas tarefas. Entretanto, os organogramas tendem a esconder muitas características da estrutura organizacional, como por exemplo ele não pode captar os relacionamentos interpessoais que formam a estrutura informal. Os departamentos de uma organização podem ser estruturados de três modos: função, produto/mercado e matricial. A estrutura funcional reúne num departamento todas as pessoas envolvidas em uma atividade ou em várias atividades relacionadas; a organização por produto ou mercado reúne numa unidade de trabalho todas as pessoas envolvidas na produção e marketing de um produto ou de um grupo de produtos relacionados; na estrutura matricial, os dois tipos de estrutura existem simultaneamente.

Coordenação é o processo de integrar objetivos e atividades de unidades de trabalho separadas com o objetivo de realizar com eficácia os objetivos da organização, sendo necessária para superar a diferenciação, que diz que as diferenças nos estilos de trabalho podem complicar a coordenação das atividades de uma organização. A comunicação é a chave para a coordenação eficaz, e para se chegar a eficiência são utilizadas três maneiras: usando técnicas básicas de administração, aumentando o potencial de coordenação e reduzindo a necessidade de coordenação. O projeto organizacional é o processo de escolher uma estrutura organizacional que seja adequada a uma determinada estratégia num determinado ambiente. Durante anos vários teóricos criaram abordagens e com elas vieram novos modelos organizacionais, cada nova abordagem criada tentava superar as anteriores, criticando e criando novos modelos administrativos.

O contínuo fracasso dos administradores em prever e se adaptar às mudanças ambientais, o fato de a informação certa deixar de chegar às pessoas certas na hora certa e a desatualização da empresa são sinais que indicam a necessidade de reorganização das organizações. E é necessária para superar a diferenciação, que diz que as diferenças nos estilos de trabalho podem complicar a coordenação das atividades de uma organização.

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Administrando a mudança e a inovação nas organizações

Mudança planejada vem a ser o projeto e a implementação deliberadas de uma inovação estrutural, de uma nova política ou objetivo, ou de uma mudança na filosofia, no clima ou no estilo operacional. Existem três motivos para as organizações realizarem programas de mudança planejada: 1) mudanças ambientais ameaçam a sobrevivência da organização; 2) mudanças ambientais oferecem novas oportunidades de prosperidade; 3) a estrutura da organização está reduzindo sua velocidade de adaptação às mudanças ambientais.

A Teoria do campo de forças de Kurt Lewin diz que o comportamento é o resultado de um equilíbrio entre duas forças, uma que empurra em direção à mudanças, e outra que resiste à mudança e buscar manter a estabilidade. As forças principais de resistência são a cultura organizacional, os interesses pessoais e as percepções dos objetivos e das estratégias da organização.

Lewin estudou como realizar mudanças de maneira eficaz, segundo ele o processo de mudança fracassa porque as pessoas não estão abertas à mudanças, e aquelas que as aceitam não as levam a diante, pois acabam voltando a praticar os hábitos anteriores. Para evitar que isso aconteça ele criou um modelo que segue três etapas: descongelar, mudar e recongelar. Uma organização pode ser mudada alterando-se sua estrutura, por exemplo modificar o fluxo de trabalho; alterando-se sua tecnologia, reformulando estruturas e operações de trabalho; alterando-se seu pessoal, através de mudanças de atitude, expectativas e percepções; ou fazendo-se alguma combinação dos três aspectos.

O Desenvolvimento Organizacional (D.O.) é uma abordagem de longo prazo e objetiva que leva a organização inteira a um nível mais elevado de funcionamento ao mesmo tempo em que melhora muito o desempenho e a satisfação de seus membros. O D.O. concentra-se na cultura organizacional porque ela molda as atitudes do emprego e determina o modo como a organização interage com o seu ambiente. O D.O. focaliza suas atividades nos indivíduos através da sensibilização, em grupos pequenos de duas ou três pessoas pelo método de análise transacional, em equipes ou grupos utilizando consultoria de processo ou formação de equipe, em relações intergrupais através de reuniões de confrontação, e na organização como um todo utilizando a técnica de feedback de levantamento.

A administração define criatividade como a geração de uma nova idéia, e inovação como a transformação de uma nova idéia em algo útil para as organizações. Os indivíduos diferem na capacidade de transformar seus talentos criativos em resultados, assim como as organizações diferem em sua capacidade de transformar os talentos de seus membros em novos produtos. O processo criativo nas organizações envolve três etapas: geração de idéias, processo de solução de problemas ou desenvolvimento de idéias, e implementação.

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

As entrelinhas marxistas no estudo sobre a expropriação do camponês

A relação poder e direito sobre a propriedade está inserida em nossa realidade há muito tempo. Na época do sistema feudal tal fato era acentuado. Quando o direito sobre a propriedade passa a ser daqueles que possuem maiores riquezas, o camponês se vê numa situação que a forma de ele sobreviver se dará pela venda do seu trabalho. Sua propriedade sobre a terra diminui gradativamente, enquanto a nascente classe dominante tem sua propriedade aumentada de forma gradativa também, chegando-se a tal situação.

Marx faz um relato crítico de como este processo se deu, demonstrando todos os pormenores que a história factual não mostra. Suas críticas influenciam aqueles que se vêem na situação dos camponeses. Sua análise da relação sobre a expropriação da terra nos faz enxergar a nascente relação explorador-explorado sustentada pelo capital. Por conseguinte, o presente trabalho tem como objetivo demonstrar a análise marxista sobre a expropriação da terra. A ideologia de Karl Marx está presente em todo os seus textos. Suas idéias são influenciadoras. No livro 1 O Capital não poderia ser diferente. Ao lê-lo podemos da de encontro com o nascedouro do capitalismo. Particularmente no assunto referenciado no presente trabalho, verificamos em suas linhas a situação desesperadora daquele que viria o compor o lado explorado do capitalismo: o camponês. Em todas as passagens do Capitulo 24, “A Chamada Acumulação Primitiva”, na 2ª seção intitulada “Expropriação dos Camponeses”, podemos adquirir um posicionamento crítico acerca de como foi forjado o proletariado e como a burguesia tornou-se. Nesta passagem vemos como a propriedade da terra tornou-se fator preponderante para a dominação do novo sistema econômico até os dias atuais.

Ele crítica o papel omisso das instituições que tinha poder para amenizar o acumulo da propriedade da terra por parte da burguesia. Entretanto, estas também estavam perdendo seu poderio e estavam preocupadas em garantir o pouco que lhes restaram. Também ressalta o quão desastroso foi a formulação de leis que permitiram a degradação camponesa, constituídas nas chamadas “leis sanguinárias”. Por fim, articula as premissas da limpeza das propriedades, “a qual consiste em varrer destas os seres humanos”, os transformando em fator de produção e dando destaque para as máquinas que poderiam fazer grande parte do trabalho humano. Podemos afirmar que a expropriação dos camponeses favoreceu plenamente a burguesia. Isso é mais que evidente, mas seu destaque nos faz pensar se poderia ter sido diferente tal fato, possuindo os camponeses o conhecimento literário, cientifico, dentre outros, que estavam em poder da Igreja e do Estado e que foi adquirido pela burguesia, por ser detentora daquilo que movia o mundo, ou seja, o capital. Tal situação nos faz imaginar se na época da expropriação dos camponeses tratada por Marx, os mesmos estivessem agrupados de forma organizada, os impactos causados pelo capitalismo poderiam ser menores.

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

O Serviço de Saúde da UBS

A Organização Hospitalar é parte principal que integra um sistema coordenado de saúde, cuja função é dispensar à comunidade completa assistência à saúde, preventiva e curativa, incluído serviços extensivos à família, em seu domicílio, e ainda um centro de treinamento médico e para-médico e de pesquisa bio-social . O Sistema Hospitalar é formado pelo Governo, Comunidades, Organização Mundial de Saúde e outras Organizações Interagentes, sendo que o centralizados deste sistema são as Organizações Hospitalares.

Podemos considerar corno Outras Organizações Interagentes, os fornecedores de materiais, outras Organizações Hospitalares e outras organizações que com ela mantêm vinculo. A Unidade Básica de Saúde (UBS), já pelo próprio nome, é urna Organização Hospitalar que oferta serviços de saúde de nenhuma complexidade, mas que possui todas as características inerentes ao serviço de saúde.

Serviço é conceituado como um produto intangível que consiste em atividades, benefícios ou satisfação e que não resultam na propriedade de algo. O serviço de saúde segue o mesmo conceito, tendo como diferencial a cura ou diminuição de uma moléstia. Há também o resíduo do serviço, o qual consideramos o óbito. Tem como usuários os clientes de saúde (pessoas enfermas, familiares, acompanhantes e visitas), que são aqueles que podem ou não consumir o serviço de saúde. Conhecer esta poucos conceitos é de suma importância para um Gestor Hospitalar que atua numa UBS.

domingo, 14 de outubro de 2007

A Divisão Social do Trabalho na conjutura da solidariedade mecânica e da solidariedade orgânica

A relação entre os indivíduos e a coletividade pode ser explicada pela Divisão Social do Trabalho. Porém, tal crivo só tem força de argumentação ao se entender a conjuntura que cerca as bases conceituais da solidariedade orgânica e da solidariedade mecânica, estudas a finco por Durkheim. Foi ele que deu base de sustentação para tais tipologias, pois são seus argumentos que criam o arcabouço teórico para elas.

Conhecer a conjuntura destas tipologias se faz de suma importância, pois se retira daí o entendimento do funcionamento das sociedades anteriores a nossa e que influenciaram-nos. A divisão deste artigo tenta demonstrar esta conjuntura e fazer uma discussão de seus pontos críticos, podendo vir a concluir como defensor de uma das tipologias ou até mesmo de nenhuma.
A solidariedade mecânica é tida como uma solidariedade por semelhança, onde os indivíduos não se diferem. Estes se assemelham por serem possuidores dos mesmos sentimentos, os mesmo valores, tendo os mesmo objetivos reconhecidos com algo sagrado. A consciência coletiva age para que estes requisitos da solidariedade mecânica estejam coesas. Durkheim conceitua a consciência coletiva como sendo “o conjunto dos sentimentos comuns à média dos membros de uma sociedade”. Através desta, cada pormenor de uma sociedade é defino com precisão. Os detalhes relativos são impostos pela consciência coletiva.

Como esta tipologia atenta para a homogeneidade da sociedade, a Divisão Social do Trabalho pode ser vista pela ótica econômica, que argumenta ser esta a busca, através da racionalidade, do aumento da produção. A ótica econômica sustenta que há diferenciação social, já que, para a produção ocorrer de forma continua e com tarefas que exijam especialização, os indivíduos devem ser diferentes, possuir pensamentos diferentes, o que vai de encontro com as premissas da solidariedade mecânica.

Quando Durkheim caracteriza os tipos de solidariedade ele utiliza dois tipos de direito, pois a coercibilidade é exercida na sociedade através das leis, sendo eles o direito repressivo e o direito restitutivo. O primeiro é aquele que pune os crime ou faltas, que exerce a coerção nos atos que infligem a concepção da consciência coletiva, revelando esta na solidariedade mecânica. O direito restitutivo tem como essência à reposição em ordem as coisa quando uma falta é cometida, ou a organização da cooperação entre os indivíduos.

Podemos visualizar a solidariedade mecânica em sociedades antigas, onde o pensamento individual não se sobrepunha ao coletivo. Mas, não há impedimentos de ela esta presente em sociedades modernas ou até mesmo contemporâneas. Na solidariedade orgânica os indivíduos não se assemelham, são diferentes. Existe o coerente coletivo através do consenso. Durkheim compara a solidariedade orgânica com os órgãos dos indivíduos, que possuem uma diferenciação, mas agem em conjunto. E nessa tipologia que podemos encontrar uma heterogeneidade de idéia que formam uma única maior.

Onde há diferenciação dos indivíduos a liberdade de crer, de querer e agir conforme suas preferências, não sofrem coação do consciente coletivo. Este pode determinar até que ponto essas premissas podem ser consideradas benéficas para a sociedade. Mas, não as recrimina. O direito restitutivo é o responsável para as sanções necessárias para garantir a ordem. Nele a punição não fator preponderante, mas sim o restabelecimento do estados das coisas seguindo os ditames da justiça. Porém, o direito restitutivo não é a única forma de direito encontrada na sociedade onde predomina a tipologia orgânica. Soma-se a ela o direito cooperativo (como exemplo, temos o direito constitucional) que constitui “menos a expressão dos sentimentos comuns de uma coletividade do que a organização da coexistência regular e ordenada de indivíduos já diferenciados”. Nas sociedades modernas a relações são baseadas por meio de contratos. Esta não é a idéia de Durkheim. Para ele, numa sociedade com predominância da solidariedade orgânica não há a substituição da comunidade pelo contrato. A sociedade moderna se define à priori pela diferenciação social e não pelo contratualismo, que é uma conseqüência e manifestação. As tipologias de solidariedade são opostas. Essa oposição é combinada com a oposição entre sociedades segmentarias (aquelas em que há divisão especializada dos indivíduos) e aqueles onde a moderna Divisão Social do Trabalho está presente. Uma sociedade onde há predominância da solidariedade mecânica pode ser considerada uma sociedade segmentaria. Diz Durkheim que:“um segmento designa um grupo social onde os membros estão estreitamente integrados. Mas o segmento é também um grupo situado localmente, relativamente isolado dos demais, tendo vida própria.”

A solidariedade mecânica manifesta-se na sociedade segmentaria devido à ação da consciência coletiva, que torna esta uma sociedade em que suas partes possuem uma coesão de pensamento e ações. Noção este que diferencia a sociedade segmentaria da sociedade por semelhança. Esta última possuem os caracteres da solidariedade orgânica, devido à junção desta sociedade através do foco nos mesmos objetivos sociais.

A Divisão Social do Trabalho de Durkheim se diferencia daquela conceituada e estudada pelos economistas. Ele faz um estudo das tarefas e importância das instituições presentes numa sociedade e que influencia a maneira de agir, de pensar, de relacionamento dos indivíduos que compões uma sociedade qualquer. Por este mote, podemos entender o que ele pretender dizer ao afirma que: “o indivíduo nasce da sociedade, e não a sociedade nasce do indivíduo”.

A diferenciação racional da produção não é fator que explica a diferenciação social. Ela apenas pressupõe a diferenciação social através das tarefas que um indivíduo realiza na produção. Esta seqüência de tarefas demonstra que o indivíduo prevalece sobre a estrutura social. Mas, ocorre exatamente o contrário. Pelas explicações de Durkheim, ao analisar a estrutura das sociedades que são influenciadas pelas tipologias de solidariedade que ele estuda, é a estrutura social que prevalece sobre o indivíduo. Os fenômenos individuais se sobrepõem sobre o tipo social. Assim, torna-se importante conhecer a fundo as premissas da solidariedade mecânica e orgânica para termo um entendimento da Divisão Social do Trabalho de Durkheim. Sabermos que a diferenciação dos indivíduos é algo notório. Conhecermos a junção desta diferenciação através da consciência coletiva nos faz entender o papel que cada um possui na sociedade, seja individuo ou instituição. Podemos afirmar que conhecer como funciona a Divisão Social do Trabalho é de suma importância, pois através dela entendemos como a diferenciação social pode ser benéfica ou não de uma sociedade e como a coesão desta diferenciação pode ser alcançada através da consciência coletiva.

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

O que deve prevalecer: a vontade da lei ou do legislador?

A produção moderna do Direito Positivo é a Lei, que é instituída seguindo interesses sociais. Por ser uma norma jurídica, não pode ser a expressão de uma vontade ou interesse individual, o que fere um dos caracteres do Direito que a Bilateralidade, e sim traduzir os interesses sociais.

Entretanto, na interpretação do sentido da lei levanta-se a dúvida em se pesquisar a vontade do legislador ou o pensamento da lei. Para solucionar essa questão, doutrinadores formularam duas teorias: A Teoria Subjetiva e a Teoria Objetiva. A primeira, que para alguns autores ela é originária da Escola Exegese na França, é incorrida pela técnica da revelação da vontade do legislador, pois este confeccionou o código, através do exame semântico das palavras que formam a lei. Descobre-se o pensamento do legislador com subsídios gramaticais, que deve ser acatado mesmo que o resultado da interpretação seja absurdo ou injusto. O mens legislatoris subordina o pensamento do interprete.

Por Conseguinte, a Teoria Subjetiva sofreu dura análise crítica e foi abandonada. A Teoria Objetiva surge para levar o interprete a vontade da lei, pois essa não é só um produto da vontade, mas do querer social. O legislador transcreve os interesses sociais para o código. Mesmo que o jurista Maximiliano considere que, como comenta o autor Paulo Nader (no livro Introdução ao Estudo do Direito, 23ª ed, Rio de Janeiro: Forense, 2003), "o indivíduo que legisla é mais ator do que ator traduz apenas o pensar e o sentir alheios, reflexamente, às vezes, usando meios inadequados de expressão quase sempre”. A Teoria Objetiva não abandona os planos do legislador, despreza apenas a mens legislatoris a favor do sentido objetivo da lei.

Assim, para responder o questionamento acima, é só retomar o que foi exposto no primeiro parágrafo e atentar para as premissas da Teoria Objetiva, para chegarmos à conclusão de que a vontade da lei deve prevalecer. Será que a concepção da Lei Geral das MPE ocorreu desta formar. Os trabalhadores autônimos, que seriam “os beneficiados” participaram desta concepção?

domingo, 7 de outubro de 2007

Matéria-prima ou produto de exportação?

O futebol brasileiro passa por uma fase de escassez de bons jogadores. Mas, esta não está relacionada à qualidade deste tipo, sim na sua quantidade. Cada vez mais jovens jogadores, que despontam como prováveis craques, são negociados com o futebol do exterior. Esses negócios não se restringem mais à nata da Europa como em tempos passados. Agora todos os cantos do mundo. A Ucrânia, Rússia, Baihen e etc. estão sendo os destinos destes diamantes brutos. Por isso a pergunta, matéria-prima ou produto exportação.

Os clubes se vêem numa situação em que ele é a parte mais fraca na rede de negócios do futebol brasileiro. São hoje os formadores dos futuros craques, não os detentores deles. Investem sabendo que o retorno tem uma probabilidade pequena de ocorrer. Este retorno é quase que exclusivo ao empresário de jogadores detentores, já na infância em muitos casos, do passe destes diamantes. Às vezes o futuro jogador nem chega a se profissionalizar no país e é transferido para o exterior.

Culpa-se a Lei Pelé por está situação. Mas, ela trouxe um avanço enorme para o relacionamento clube-jogador, em que este último era quase um explorado da bola. O que faltou para os clubes brasileiros foi uma visão de mercado e uma execução de um plano estratégico para amenizar as futuras disparidades da Lei Pelé, pois esta sinalizava a mudanças do mercado da bola no Brasil. Poucos foram os clubes que se preparam para essas mudanças. Aquele que está no topo hoje, o São Paulo, foi um destes.

Discussões sobre esta conjuntura apresentada devem se tornar corriqueira nos noticiários esportivos, mesas redondas, assembléias legislativas, reuniões de cartolas e principalmente nas mesas dos bares. Não podemos chegar a situação de perdemos a oportunidade de vermos um futuro craque despontar em nossos gramados.

sábado, 22 de setembro de 2007

O uso do tratamento para a melhoria da Sáude Ocupacional

Uma vez instaladas as doenças e acontecido os acidentes, a próxima etapa a ser seguida é o tratamento. No caso de cada uma das enfermidades (estresse LER, DORT, alcoolismo, depressão e uso de drogas), existem necessidades de um modo de tratamento específico.

A equipe interdisciplinar mais uma vez é de fundamental presença para que estas situações sejam alteradas para melhor. O desafio de tornar o indivíduo novamente inserido na sociedade exige uma mobilização grande de profissionais especializados e capacitados, dentre eles médicos, equipe de enfermagem, terapeutas ocupacionais, psicólogos, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, assistentes sociais que focam exclusivamente na reabilitação e qualidade de vida do trabalhador.

Percebeu-se que não basta apenas tratar, mas também observar o vínculo da enfermidade com as atividades da vida diária e profissional, ou seja, estabelecer um vínculo entre a causa e o efeito, entre o perigo e o risco. O melhor lugar para tratar de um trabalhador é em seu próprio local de trabalho.

Certamente são múltiplas as formas que esta equipe pode atuar dentro das empresas: ambulatórios, escolas de posturas, cursos e palestras de conscientização e treinamento, cinesioprofilaxia, avaliações posturais, exames cinético-funcionais periódicos e intervenção ergonômica (corretiva e preventiva). Os benefícios que estes atingidos terão, nem sempre são satisfatórios, porém, se é feito o máximo de esforço no sentido de minimizar os problemas e dar o suporte necessário para que este indivíduo tenha uma rotina próxima ao normal.

A maior parte dos danos à saúde do trabalhador pode ser evitada com a adoção de medidas de proteção, providenciadas pelo contratante e obedecidas pelos empregados, desta forma, pode-se justificar que a segurança do trabalho começa no trabalhador, daí a necessidade de informá-lo e treiná-lo através de cursos, palestras e textos elucidativos para que o esforço concentre-se na conscientização dos funcionários em todos os níveis. A efetiva implementação dos projetos contribuirá significativamente para ampliar as ações de prevenção, além de qualificar os atos de diagnóstico, tratamento e reabilitação. Para que todas essas etapas sejam efetivadas com sucesso, é de absoluta necessidade a motivação da equipe interdisciplinar intervindo na saúde do trabalhador em geral.

A saúde ocupacional é uma importante estratégia não somente para garantir a saúde dos trabalhadores, mas também para contribuir positivamente para a produtividade, qualidade dos produtos, motivação e satisfação do trabalho e, portanto, para a melhoria geral na qualidade de vida dos indivíduos e da sociedade como um todo.

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

O problema de alcoolismo e abuso de drogas na empresa

O alcoolismo e o abuso de drogas são problemas globais que afetam todas as áreas da vida. Nas empresas eles também estão presentes. No livro de Paul M. Muchinsky tem uma passegem que diz: "álcool e trabalho. Esta tem sido sempre uma relação preocupante. O efeito pode ser desencadeado pelo vinho. Muitas vezes o talento mais simples é encerrado por causa disso”.

Outros estudos mostram que dois terços das pessoas que trabalham usaram drogas ilegais e entre quatro a cinco milhões de pessoas nos Estados Unidos usam cocaína usualmente. Todos os anos 50 bilhões são gastos em cocaína nos Estados Unidos, a mesma quantia que empresas gastam anualmente em programas de prevenção ao abuso de substâncias para seus funcionários.

Os efeitos físicos que o álcool provoca são as sensações de moleza e de cansaço, dificuldade para se concentrar, dor de cabeça e enjôo, entre outros. Além disso, há desconforto também para quem trabalha ao lado. O álcool é responsável por grande parte dos acidentes de trabalho que acontecem após o almoço. A pessoa que faz o uso de álcool tende a ser inquieto, ansioso e agressivo. Atualmente há os médicos têm alertado que o "happy hour" pode levar à dependência. O álcool é ainda um dos grandes responsáveis pelo absenteísmo na segunda-feira: a pessoa bebe muito no final de semana e não consegue encarar o trabalho por causa da ressaca.

O uso de cigarros faz causar abstinência, irritabilidade, inquietação, ansiedade e queda na concentração, queda da produtividade. É comum que a pessoa conviva com esses sintomas o dia todo, livrando-se deles após o fumar. A grande maioria das empresas oferece locais para os fumantes, o "fumódromos". Estes locais protegem os não fumantes, mas por outro lado induz que o trabalhador perca em média uns 15 minutos de serviços que poderiam ser produtivo à instituição. Com a maconha e a cocaína os sintomas são o mesmo, mas com mais intensidade.

É sábido que o uso concomitante de drogas combinadas, como o álcool, maconha e cocaína e também o uso inadequado de drogas terapêuticas irá piorar a produtividade do trabalhador e causa instabilidade no emprego, já que as habilidades cognitivas (vigilância, monitoramento e raciocínio) estão bastante afetadas.

Os funcionários mais inclinados a trabalhar sob influência do álcool ou de outras drogas são homens com menos de 30 anos de idade e que a probabilidade de agir assim aumenta quando eles se sentem infelizes com o seu trabalho e se socializam frequentemente com colegas fora do trabalho.

O envolvimento com as drogas e o álcool depende além do ambiente do trabalho, do estilo de vida do trabalhador e das questões econômicas. No livro do autor mencionado consta que o custo total do abuso do álcool é de 70 bilhões de dólares e o custo para as drogas é de 44 bilhões de dólares. A tendência desses custos é aumentarem. De acordo com a Associação Brasileira de Ergonomia (1998) calcula-se que o custo com esta doença chega a ser de bilhões de dólares na América do Norte. No Brasil, o custo é maior que um milhão por funcionários ao ano.

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

A LER e a DORT no ambiente laboral

A LER é a lesão por esforços repetitivos que acomete os trabalhadores, seus principais sintomas são as dores em determinados locais principalmente nas mãos e nos ombros. A maioria destas pessoas é afastada dos empregos e recebem pensões especiais, indenizações e assistência diferenciada. Recentemente, surgiu o termo "distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho" (DORT). Este é muito abrangente, dispensa a relação causal, não exige qualquer explicação quanto ao mecanismo de acometimento, sendo suficiente à relação com trabalho.

De acordo com a Associação Brasileira de Ergonomia (1998) calcula-se que o custo com esta doença chega a ser de bilhões de dólares na América do Norte. No Brasil, o custo é maior que um milhão por funcionários ao ano.

Um grande evento na história da LER ocorreu em 1986 quando após reunião de consenso, o National Institute of Occupational Safety and Health (NIOSH), nos Estados Unidos, emitiu a seguinte declaração: "Quando as exigências do trabalho... repetidamente excedem a capacidade biomecânica do trabalhador, as atividades tornam-se indutoras de trauma. Portanto, traumatógenos são as fontes de lesões no local de trabalho que afetam o sistema músculo-esquelético". Com esta declaração o "distúrbio por traumas repetitivos" ("DTR"), tradução de "cumulative trauma disorder" ("CTD"), termo mais utilizado nos Estados Unidos, foi colocado na lista das preocupações nacionais. Funcionários de sindicatos e da segurança do trabalho, bem como a mídia, foram ágeis em avisar seus membros e o público em geral dos perigos potenciais do "DTR". O impacto econômico nas empresas foi dramático. Os prêmios dos seguros, nos Estados Unidos, que antes representavam 1% a 5% das folhas de pagamento, em alguns casos atingiram 30%, afetando a competitividade das empresas (dados da Academia Americana de Neurologia).

Os fatores do trabalho que podem provocar a DORT podem vir isolados ou agrupados dentre eles são: posturas inadequadas, carga estática, carga músculo-esquelética, pressões locais sobre os tecidos, invariabilidade das tarefas, fatores organizacionais e psicossociais ligados ao trabalho, grau de adequação do posto de trabalho, zona de atenção e visão, frio e vibrações.

A avaliação dos trabalhadores deve ser baseada nos exames físicos, no histórico clinico - ocupacional e na realização de testes de sinais. Deve-se também se ater aos aspectos psicológicos, pois estes podem influenciar a percepção de dor. Já que esta possui dois componentes: um físico, que pode ser real ou potencial (o paciente supõe que um evento pode ser fonte de dor) e um emocional ou psíquico.

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

O estresse na vida organizacional

O estresse se origina da relação entre a pessoa e o ambiente em que ela se encontra. O estresse é uma alteração psicofisiológica do organismo, apresentável através de sintomas físicos e psicológicos, para reagir a uma situação de tensão e opressão. O estresse é um processo e não uma reação única, pois a partir do momento que uma pessoa é submetida a uma fonte de estresse, um longo processo bioquímico se instala, e cujo início se manifesta de maneira bastante semelhante, por sintomas como taquicardia, sudorese excessiva, tensão muscular, boca seca e sensação de estar em alerta.

Atualmente, o estresse é endêmico nas organizações e trata-se um problema alarmante uma vez que afeta a produtividade da empresa e a própria vida pessoal do trabalhador. O estresse é uma condição dinâmica, na qual uma pessoa é confrontada com uma oportunidade, restrição ou demanda relacionada com o que ela deseja.

De acordo com o pesquisador canadense Hans Selye há dois tipos de estresse: o “bom estresse” e o “mau estresse” referindo-se a eles como eutress e distress, respectivamente. O bom estresse é indispensável para a vida, pois além da resposta a pequenos agentes estressores ser benéfica, é também indispensável ao desenvolvimento das funções do ser. Já o mau estresse surge quando os acontecimentos da vida emocional e orgânica do indivíduo ultrapassam seu limite, seja por intensidade, qualidade ou quantidade. E os efeitos desse estresse dependem diretamente da raça, do sexo, da idade e da situação socioeconômica. Desta forma, no ambiente organizacional, o eutress corresponde a um ponto positivo, pois ajuda o trabalhador a solucionar problemas, que aparecem constantemente. Já o distress pode vir a trazer graves conseqüências.

É notório que o aparecimento do estresse nas organizações é resultante da interação entre o trabalhador e as condições ambientais de trabalho. Tais como: autoritarismo do chefe, a desconfiança, a pressão das exigências e cobranças, o cumprimento do horário do trabalho, a monotonia das tarefas, falta de perspectiva profissional, a insatisfação pessoal, sobrecarga de trabalhos sem pausa, tarefas monótonas, isolamento, falta de participação e de autonomia, conflito entre superiores e colegas, salário não satisfatório e condições físicas como ruídos, temperatura, luminosidade. Estes fatores contribuem para baixar o humor e também provocam o estresse.

Além desses , há os internos que influenciam no surgimento do estresse no ambiente de trabalho. Estes se referem às crenças e aos valores pessoais e está relacionado à personalidade e como reagir à vida. . Nem sempre o perigo ou as ameaças são reais, às vezes imagina-se ou interpreta-se uma situação como sendo perigosa ou ameaçadora. Em ambas as situações o organismo vai reagir da mesma maneira, provocando os sintomas do “estado de alerta”. Quando o perigo real é retirado, o organismo volta a seu normal, acabando com os sintomas. Quando o perigo é imaginário, o organismo fica constantemente em “estado de estresse”, diminuindo sua resistência a doenças, podendo assim, como resultado gerar uma úlcera, infarto ou outra doença qualquer.

As conseqüências causadas por tais agentes estressores podem ser drásticas para a vida do trabalhador e para a produtividade da empresa. pesquisas têm demonstrado o aparecimento de várias doenças como DORT, problemas psicológicos e, mais notadamente, problemas cardíacos. Pode-se destacar que o estresse ainda está relacionado a cargos específicos, como os caracterizados pela repetitividade das tarefas, monotonia e atenção constante. Pesquisas com bombeiros indicam que uma das principais fontes de estresse entre a classe não é o atendimento aos chamados de incêndio, mas sim a espera pelos chamados e a ansiedade associada à espera de pôr suas habilidades em prática. É o fluxo contínuo de incidentes relativamente “insignificantes” que quebra o tédio associado à vigilância e reduz o nível de estresse.

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

15 minutinhos na fila!!!

O serviço é um produto essencialmente intangível que consiste em atividades, benefícios ou satisfação e que não resultam na propriedade de algo. Tem como características a intangibilidade, a perecibilidade, a variabilidade e a inseparabilidade.

A função de operações é o coração ou a função central da maioria das organizações. É a função que provê produtos ou serviços aos clientes, envolvendo projeto, planejamento, controle e melhoria do sistema. O estabelecimento de diferenças entre sistemas de operação, que apresentam determinadas características e que irão requerer direcionamento gerencial específico, é útil e oportuno, principalmente se reconhecermos que uma empresa pode conter mais de uma configuração de sistemas de operações.

Os bancos como organizações de prestação de serviços financeiros, estão cientes desta nuances que cercam os serviços. Sua grande dificuldade reside no tempo gasto em cada serviço. Mesmo com a utilização da Tecnologia da Informação, seus clientes ainda necessitam de uma prestação de serviço direta. Que por muitas vezes, não os satisfazem.

Em Aracaju, a Prefeitura do Município sancionou uma lei que garante a prestação do serviço dos bancos em 15 minutos. Estas organizações sabem o quão difícil é esta tarefa, devido ao que já foi mencionado. Entretanto, se prezam a satisfação do cliente, então terão que cumprir com esta obrigação. Serão 15 minutinhos na fila que garantirão uma excelente vantagem competitiva.

domingo, 9 de setembro de 2007

9 de setembro, dia do Adminstrador

Nesta data comemora-se o dia do Administrador, dia em que foi assianada a lei nº 4.769, de 09 de setembro de 1965 que regulamenta a profissão. Dia em que deve ser reconhecida a profissão daquele que estuda e adquire as competências necessárias para o bom funcionamento da organização. Daquele que faz esta seguir o caminho do desenvolvimento em prol dos indivíduos que a compõe, assim como da sociedade em que esta inserida. Este 30º post e para parabenizar todos aqueles que dignificam esta profissão, sejam eles alunos, professores e administradores e todos aqueles que lutam para o fortalecimento desta profissão. Estamos entrando na era do administrador e sua competência será mais que necessária para o desenvolvimento do país.

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

A inflação e sua influência econômico-financeira

A inflação é um dos temas de maior relevância nos estudo sobre Finanças. Isso é notório já no seu conceito: aumento contínuo e persistente no nível geral de preços. Esse aumento é refletido nas flutuações de todos os bens e serviços produzidos . Age de forma prejudicial em uma economia. Isso é fato. O transcorrer da historia econômica brasileira nos prova. Quase todas as políticas econômicas adotadas no decorrer dos anos, fracassaram ao tentar combatê-la. Algumas estagnaram por um curto período de tempo sua ação, mas não o suficiente para permitir o desenvolvimento econômico do país.

Ela impede o desenvolvimento econômico por diminuir o poder aquisitivo de muitos dos agentes econômicos. Os assalariados que não tiverem reajustes nominais em seu vencimento o seu salário real será reduzido, ou seja, perde seu poder de compra. O mesmo acontece com aqueles que possuem renda fixa. E o exemplo dos proprietários de imóvel de aluguel, que perdem o poder aquisitivo dos alugueis, mas são compensados com a valorização dos preços dos imóveis. Os empresários sofrem menos os efeitos, pois reajustam os preços dos produtos e serviços com base nas taxas de inflação. Neste contexto, fica fácil observar que o agente econômico que mais é afetado pelos da inflação é o assalariado. Ela fomenta a desorganização do mercado de capitais e o aumento da procura por ativos reais. Surgem déficits no balanço de pagamentos, pois muitas das taxas de juros de empréstimos no exterior acompanham a taxa de inflação. Há dificuldades para financiamento do setor público.

Umas das estratégias mais usuais para combater essas distorções, principalmente em economias onde há altas taxas de inflação é através da indexação das rendas e dos ativos da economia. Porém, essa indexação afeta as finanças pessoais e organizacionais, podendo levar a um descontentamento a quem quer investir e não há retorno favorável nesse contexto. Para a economia de um país se estabilizar todos os agentes devem fazem sacrifícios em prol do ganho coletivo. Esse ganho coletivo gera um retorno positivo no longo prazo.

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Ao investir, qual o melhor risco a correr?

Ao se objetivar um ótimo retorno em um investimento feito, tem-se que correr riscos. No estudo de Finanças, duas abordagens sobre o risco são apresentadas. De ante mão, podemos conceituar o risco como a chance que ocorra um evento desfavorável e salientar que a sua relação com o retorno é tal que nenhum investimento será feito, a menos que a taxa de retorno esperada seja suficientemente alta para compensar o investidor pelo risco percebido do investimento.

O risco isolado é a primeira abordagem considerada por um investidor. Investir em um ativo altamente lucrativo é vantajoso. Para certificar-se de sua vantagem à administração financeira junto com a estatística criam subsídios de análise. Demonstram o quanto pode ser lucrativo ou não o investimento em um único ativo. Entretanto, os investidores aversos ao risco não o gostam, exigindo taxas de retornos mais altas como incentivo à compra de papeis de maior risco. Quanto mais alto for o risco de um papel, mais baixo será seu preço e mais alto seu retorno exigido, assim como seu prejuízo. Daí, para muitos, formar uma carteira de investimentos ser mais vantajoso.

Um ativo mantido como parte de uma carteira tem menor grau de risco do que o mesmo ativo mantido isoladamente. O risco e retorno de um título isoladamente deveriam ser analisados em termos de como aquele papel afeta a perda e ganho da carteira em que se encontra. Uma carteira com uma boa diversificação pode trazer ótimas vantagens para o investidor, como a compensação de um título altamente lucrativo em detrimento de um que trouxe prejuízo. O bom balanceamento da carteira é muito importante para o bom relacionamento entre risco x retorno. Entretanto, fortes prejuízos podem ser conseguidos como uma carteira mal diversificada.

É quase uma unanimidade entre especialistas do mercado financeiro, que a abordagem do contexto em carteira ser melhor do que o investimento isolado. Mas, a escolha é critério do investidor. É seu capital que será utilizado. O retorno que ele almeja será posto em cheque, ao escolher em que abordagem o risco ser mais vantajoso.

domingo, 26 de agosto de 2007

A influência do ciberespaço nas organizações e no trabalho

O ciberespaço veio para diminuir ainda mais os tempo e os movimentos. É a ferramenta organizacional com maior destaque nos negócios atualmente. Mas ele não só modela os negócios, pois como o novo meio de comunicação que surge da interconexão mundial dos computadores ele integra e interagem as culturas. Faz surgi a cibercultura. A partir daí a qualidade de vida e o trabalho passam por um processo de reengenharia.

Há uma profunda reorganização dos negócios. As empresas expandem seus relacionamentos ao agir em rede. Redes internas e externas são o caminho do desenvolvimento organizacional. As redes internas ganham maior destaque devido a permitir a integração entre os indivíduos da organização. Surge o conceito de empresa eletrônica e empresa de rede. Empresas eletrônicas são aquelas que tem como base sua organização e processos através da Internet ou outras redes de computadores. Empresa de rede é a organização que é o resultado entre a interação entre firmas diferentes de acordo com diferentes projetos. As empresas modificam sua cadeia estática de valor, transformando-a em uma rede de valor.

Essas mudanças atingem também o ambiente organizacional. A facilidade de comunicação trazida pelo ciberespaço favorece a interação do mercado financeiro. O fluxo de informações aumenta o número de investimentos em diversos lugares do mundo. Mas, as principais mudanças são as que tocam a qualidade de vida e o tempo para realização do trabalho. Há o surgimento da mão-de-obra genérica e a autoprogramável, mesmo o trabalho possuindo as características anteriores à inovação causada pela internet, acrescido à capacidade de descobrimento, processo e aplicação de informações. A primeira, sugere que o trabalho não necessita ser realizado pelo homem. A segunda, a principal competência do trabalhador é o cognitivismo.

A cultura de inovação influencia as pratica de negócios. A inteligência coletiva é o marco da transferência do conhecimento da cultura de inovação. Porém, cada vez mais, o trabalho está se tornando a única forma de socialização do indivíduo. Ser alguém é devido ao trabalho realizado. Daí surge os escravos do trabalho. O tempo aparentemente liberado pelas tecnologias é transformado em cibertempo, tempo de trabalho mental absorvido pelo processo de produção ilimitada do ciberespaço. Teve-se a necessidade de mudança cultural, colocando o trabalho cognitivo em destaque.

Existe uma desvinculação do trabalho com o prazer e convívio social. Com o crescente investimento em trabalho, vivemos uma limitação pessoal. E o nasce o imperativo da competição na vida diária. Estes termos, moldam a qualidade de vida e o tempo a ser disponibilizado ao trabalho.

sábado, 25 de agosto de 2007

A Administração Clássica e a modelagem do trabalho

A existência humana é marcada pelo trabalho. Desde que abandonou o nomadismo e o extrativismo, ele é obrigado a caçar e pescar, construir moradias, cultivar alimentos, criar rebanhos e gados, podendo-se considerar todas essas atividades como trabalho. O dicionário define trabalho como sendo a aplicação das forças e faculdades humanas para alcançar determinado fim ou ainda a atividade coordenada, de caráter físico e/ou intelectual, necessária à realização de qualquer tarefa serviço ou empreendimento .

Este ato adquiriu diferentes características conforme a época e a civilização em que esteve inserido, passando pelo escravismo da antiguidade e das colônias européias, pela servidão feudal e pela manufatura das guildas de artesãos. No entanto, com a revolução industrial, o trabalho sofreu uma forte mudança em sua natureza, que a partir deste momento entra num processo de constante mudança, esta que pode ser relacionado com o surgimento e evolução da teoria organizacional (ou da teoria geral da Administração).

A Administração como ciência surge quando se pensa em racionalizar o trabalho em função do tempo. O estudo de tempos e movimentos de Taylor previam a separação do trabalho em processos, visando uma melhora da produção com cada tarefa a ser realizada no trabalho. Neste mesmo período, na França, o engenheiro Henri Fayol descreve os 14 princípios gerais da Administração, estes que caracterizam o pensamento administrativo do começo do século. Sob a influência das escolas Científica Clássica da Administração, o trabalho passa a ser marcado pela centralização do comando e pela divisão do trabalho. O operário é visto como um mero operador da máquina, um recurso que pode ser encontrado em abundância no ambiente, dado o crescimento das cidades e o ganho de eficiência das indústrias.

Com a realização da experiência Hawthorne, percebe-se a influência de fatores sociais no processo produtivo. O homem deixa de ser visto apenas pela ótica econômica e se passa a considerar as necessidades socais de pertencer a um grupo. A abordagem humanística chega a importantes conclusões, como a que o trabalho é uma atividade tipicamente grupal e que, normalmente, o operário não reage como indivíduo isolado e sim como membro de um grupo.

No entanto, apesar de representar um avanço em relação ao Taylorismo, a teoria das Relações Humanas apresenta um enfoque manipulativo, pois ao invés de propor uma mudança real na estrutura do trabalho, ela visa diminuir a resistência dos funcionários, para assim aumentar a produtividade. Estas três abordagens, junto com a escola burocrática, dão os primeiros passos para modelagem tecnológica do trabalho.

sexta-feira, 24 de agosto de 2007

A configuração tecnológica da Nova Modelagem do Trabalho

A tecnologia desde sua aparição tem um relacionamento de transformação e destruição entre homem e trabalho. Ela facilita a vida do homem, permitindo que o mesmo tenha mais tempo de usar seus pensamentos e ter menos esforços. Ela remodela o trabalho e as organizações. . Sua evolução revira as concepções teóricas sobre os negócios. No estudo de tempos e movimentos, a tecnologia foi o fator que permitiu a realização e a pratica dos princípios de Taylor. Ford introduziu as concepções de produção em escala, que se utilizava da tecnologia aplicada ao estudo taylorista. Muitos outros podem ser os relatos que fazem da tecnologia o diferencial numa organização.

Entretanto, quando se fala em trabalho, a tecnologia possui as características de destruição latentes. Marx salienta que as máquinas utilizadas no fluxo de produção acabam criando o trabalho produtivo e o improdutivo. O produtivo é aquele executado pelo trabalhador e o improdutivo aquele que gera a mais-valia, que valoriza o capital. Este último é que se predomina nas organizações ao longo do tempo. São as tecnologias industriais que substituem a força física do trabalhador.

Jeremy Rifkin, em O Fim dos Empregos, faz uma análise bastante critica de como as organizações mudam sua produção em detrimento do descarte do trabalhador. O fator largamente utilizado para explicar a diminuição de postos de trabalho é a globalização. Ela alimenta a competitividade, pois o alcance de muitas empresas passa a ser global. Também força as organizações, principalmente as multinacionais, a acelerar a transição entre trabalhadores e seus substitutos mecanizados. E esta troca, gera um descontentamento daquele que não estava preparado para mudança e passa a ser descartável. Já Manuel Castells, no seu livro A Galáxia da Internet, fala que apesar da grande automação dos negócios, ainda há espaço para trabalhadores que participam passivamente da produção. Estes trabalhadores estão nos centros menos automatizados, com má distribuição de renda e com seus baixos salários, por vezes em sub-emprego, tornam-se bons investimentos para as empresas, apesar dos encargos trabalhistas serem altos.

Essas mudanças causadas pela automação do trabalho criam um ambiente de incerteza. Os empregos cada vez mais diminuem, apesar de que o fluxo de trabalho está em ascendência. Essas mudanças alteram a forma de agir dos trabalhadores, porque sem perspectiva de emprego, problemas sociais e pessoas vêm à tona.

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

As armadilhas da Tecnologia da Informação

Ao tornar as organizações em empresas eletrônicas, os administradores otimizam ainda mais o fator tempo. Ultrapassam em várias léguas os princípios do estudo de tempos e movimentos. A cadeia de valor apresentada por Potter torna-se a rede de valor, mais dinâmica e ágil, sendo quase em tempo real. A Tecnologia da Informação (TI) também transforma a trajetória da tomada de decisão. Entretanto, o numero quase infindável de informações processas pela TI pode causar uma turbulência de informações , gerando prejuízos irrecuperáveis.

Os sistemas de produção são flexibilizados pela TI. Tem-se rapidez nas transações financeiras, que passam a ser realizadas eletronicamente e facilitam o acompanhamento do que se investiu. O aumento da competitividade das empresas por meio da TI, as deixam com maior visibilidade e mais atraentes aos investimentos. As companhias puramente on-line apropriam-se melhor da previsibilidade, da possibilidade de organizar a administração, da produção e da distribuição na Internet. Só que, essas praticidades trazem consigo a vulnerabilidade da organização. As empresas começam a sofrer ataques externos de hackers e crackers em seus sistemas. Informações confidenciais são violadas e distribuídas na rede.

Ainda não existem novas abordagens que tratem das organizações contemporâneas, que vivem em um ambiente integrado por rede, o que as tornam mais complexas do que já eram. Novas técnicas surgem, como a reegenharia, o benchmarking, dentre outros, mas são nada menos que a contextualização das abordagens clássicas. Há quem considere a administração holística como uma nova abordagem, porém não se inserem como teoria que venha a discutir os impactos da TI. Essa inexistência se reflete no trato a nova modelagem do trabalho.

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

A importância do disgnóstico da Depressão nas empresas

O organismo ao chegar a um ponto insustentável de sobrecarga, manifestado através de situações de extrema pressão psicológica, desligando-se do fluxo de comunicação gerado pelas relações interpessoais, faz surgir uma repentina desmotivação psíquica que os psicólogos chama de depressão. Palavras de Franco Berardi em seu livro, a Fábrica da Infelicidade.

Ela está intimamente arraigada na nova economia. O ambiente dos negócios, dominado hoje pelas tecnologias digitais, ajuda no crescimento desta psicopatologia dentro das organizações. Muitos são os gestores que não percebem que seus subordinados estão depressivos, porque ela começa a se formar no momento em que o modelo disciplinar de gestão comportamental, as regras de autoridade, o planejamento de objetivos desvinculados com os anseios individuais, interferem no comportamento do empregado.

Para Franco Berardi, a depressão é estimulada pela competitividade individual, pois muitos são os chamados e poucos os escolhidos, mas a norma social não conhece a possibilidade do fracasso. Então, não só o ambiente empresarial que interfere na configuração desta psicopatologia. O convívio em sociedade também a caracteriza. Os anseios dos indivíduos compartilhados nas relações interpessoais e que não são atendidos moldam seu comportamento, criando uma situação que alimenta essa psicopatologia.

A depressão afeta a produtividade do individuo e seu relacionamento com as pessoas que o cercam. Principalmente as que são de seu convívio familiar. São estes que sofrem as conseqüências da crise depressiva. Daí a importância do diagnostico e tratamento desta psicopatologia não só por aqueles que cercam os afetados por ela, mas também pelas organizações, pois as pessoas são um dos seus pilares.