sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Centralização X Descentralização

A centralização é a concentração de poder decisório na alta cúpula da organização. A centralização ocorre para se ter uma visão global da empresa; para aumentar o nível de integração das atividades; para manter as decisões e ações alinhadas com os objetivos da organização e; para aumentar o nível de controle das atividades.

As vantagens obtidas com a centralização são: melhor uso dos recursos – humanos, organizacionais e financeiros – da empresa, maior interação no processo de planejamento, controle e avaliação, decisões estratégia mais rápidas e maior segurança nas informações. No entanto, podem haver algumas desvantagens como distância da realidade e problemas de comunicação.

A descentralização ocorre quando a carga de trabalho da alta administração está volumosa ou demasiadamente complexa pela maior ênfase que a empresa quer dar à relação produto versus mercado, para proporcionar maior participação, motivação e comprometimento dos executivos e funcionário da empresa.

As principais vantagens da descentralização são: possibilidade de gerar maior especialização nas diferentes unidades organizacionais; menor exigência de tempo nas informações e decisões; maior tempo a alta administração para outras atividades; possibilidade de maior desenvolvimento das pessoas nos aspectos administrativo e decisório; tendência a maior número de idéias inovadoras.

Já as desvantagens seriam a maior necessidade de controle e de coordenação, a possibilidade de efeitos negativos na motivação, a existência de sistemas inadequados no sentido de normatização e de padronização.

Alguns princípios devem ser seguidos no processo de descentralização como: confiança nos que está à frente dos pontos regionais, a alta administração delegar aos escalões inferiores autoridade sem vetar as decisões tomadas pelos mesmos.

Além de lembrar que a descentralização pode levar a um aumento de produtividade, pois: as pessoas são solicitadas a aceitar maior responsabilidade; as empresas podem responder mais rapidamente às necessidades dos empregados e dos clientes.

Verifica-se então que apesar dos vários princípios, precauções, usos, vantagens etc. Existe o aspecto de aculturação da empresa para aceitar esses assuntos com maior ou menor intensidade e vontade por parte de todos que fazem a organização.

Um AAA que virou um FFF

A mais nova bomba explodida pela crise americana foi errônea classificação de risco da AIG, renomada empresa de seguros e patrocinador do time mais rentável do planeta, o Manchester United. Sua classificação no patamar de risco financeiro de AAA fez com que Bancos regionais se enchessem de seus papeia; que investidores comprassem a suas ações; que pessoas físicas e empresas compraram ações da empresa.

Erros na regulação e fiscalização fazem com que a crise americana cresça cada vez mais e gere desconfiança de possíveis investidores. Há necessidade de revisão dos critérios de classificação adotados por agências de risco, pois um maior desastre econômico pode estar por vir.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Desalianças políticas

O pleito a cargos políticos pode proporcionar alianças inusitadas. Adversário mortais podem se unir para derrotarem um neófito promissor. E aliados podem ter que se separar por estarem disputando o mesmo cargo.

Na eleições atuais essas situações vem ocorrendo inusitadamente. Em São Paulo o casamento duradouro entre DEM e PSDB foi desfeito. Em Salvador os quatro principais concorrentes faziam duplas de aliados, mas hoje é cada um por si. Lá é até muito curioso, pois os candidatos João do PMDB e Ferreiro do PT, utilizando a imagem de Lula e Jacques Wagner. Já em Aracaju a aliança política entre PMDB e PT em âmbito nacional foi desfeita localmente por Almeida Lima que visa o cargo de prefeito. E pior: PSDB e PT se uniram para dá força a candidatura do atual prefeito Edvaldo Nogueira do PC do B.

Essas desalianças políticas dão um nó no planejamento estratégico de marketing político. O gerenciamento de conflitos é a principal prática administrativa nessa situação. Por fim, fica a pergunta: existem procedimentos éticos na formulação dessas desalianças políticas?

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Panfletagem de propostas

Um dos meios de divulgação da candidatura de um postulante a um cargo político é os panfletos, os populares santinhos, principalmente para as vagas de vereador. Neles usualmente são postos as fotos do candidato com algum aliado político. Há sua trajetória pessoal, escolar, política, religiosa ... mas não há, em quase todos os santinhos distribuídos na rua, as proposta do candidato.

É raridade que elas venham descritas para a apreciação do eleitor. Se a motivação para o voto em determinado candidato dependerá de suas propostas, por que elas não estão vindo nos panfletos? Será que se esta apostando na imagem, na trajetória, numa construção de idoneidade pela exposição da figura representativa do candidato e não naquilo que seria decisivo na sua escolha, que seriam as suas propostas.

Sendo o tempo em horário de rádio e tv curto para a maioria dos candidatos a vereador, o uso dos planfetos seria uma ótima ferramenta de marketing. Porém, na atual campanha eles apenas poluem as ruas das cidades, pois não trazem um conteúdo útil a escolha do eleitor. Assim, deve ser repensado o uso desta mídia pelos profissionais que encabeça as estratégias de marketing político dos candidatos.

Beijing, Beijing, Tchau, Tchau!!

Em um ambiente competitivo, provocar o adversário atiça mais o disputa. No mundo corporativo, em jogo está a fidelização de clientes, posicionamento da marca, fatia de mercado e liderança. O embate Globo x Record teve mais um episódio provocativo.

A Record, após a sua reestruturação, ganhou força competitiva e atualmente em determinados horários faz um embate em pé de igualdade com a Globo. E cada vez mais a emissora investe em áreas em que historicamente a gigante carioca tinha pleno domínio.

Durantes a Olimpíada de Beijin (Pequim) a Record anunciou a compra da transmissão exclusiva da Olimpíada de Londres em 2012, fato que causou perplexidade na Globo. Ainda em seus corredores sente-se um sentimento de "eu não acredito".

Essa não foi sua primeira derrota. Um mês antes a Record tinha comprado a transmissão exclusiva do Pan de Guadalajara no México. A Globo devia esta preparada para uma possível derrota. Será que a soberba impediu um planejamento contingencial??

Resta a Globo ainda a transmissão exclusiva da Copa da áfrica, que certamente ela não venderá a retransmissão por menos que o dobro que pagou. Mas, é boa estar temerosa, pois do jeito que a Seleção vem jogando, corre o risco de ter investido em um evento que não lhe trará nenhum retorno caso o Brasil não esteja participando (por isso vem fazendo lobby contra Dunga).

Aguardaremos novas disputas pros próximos eventos esportivos a serem negociados. Mas, vale ressaltar que a Record terá que investir em sua equipe esportiva, que hoje não atrai o telespectador como a Globo e a Band.