sábado, 22 de setembro de 2007

O uso do tratamento para a melhoria da Sáude Ocupacional

Uma vez instaladas as doenças e acontecido os acidentes, a próxima etapa a ser seguida é o tratamento. No caso de cada uma das enfermidades (estresse LER, DORT, alcoolismo, depressão e uso de drogas), existem necessidades de um modo de tratamento específico.

A equipe interdisciplinar mais uma vez é de fundamental presença para que estas situações sejam alteradas para melhor. O desafio de tornar o indivíduo novamente inserido na sociedade exige uma mobilização grande de profissionais especializados e capacitados, dentre eles médicos, equipe de enfermagem, terapeutas ocupacionais, psicólogos, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, assistentes sociais que focam exclusivamente na reabilitação e qualidade de vida do trabalhador.

Percebeu-se que não basta apenas tratar, mas também observar o vínculo da enfermidade com as atividades da vida diária e profissional, ou seja, estabelecer um vínculo entre a causa e o efeito, entre o perigo e o risco. O melhor lugar para tratar de um trabalhador é em seu próprio local de trabalho.

Certamente são múltiplas as formas que esta equipe pode atuar dentro das empresas: ambulatórios, escolas de posturas, cursos e palestras de conscientização e treinamento, cinesioprofilaxia, avaliações posturais, exames cinético-funcionais periódicos e intervenção ergonômica (corretiva e preventiva). Os benefícios que estes atingidos terão, nem sempre são satisfatórios, porém, se é feito o máximo de esforço no sentido de minimizar os problemas e dar o suporte necessário para que este indivíduo tenha uma rotina próxima ao normal.

A maior parte dos danos à saúde do trabalhador pode ser evitada com a adoção de medidas de proteção, providenciadas pelo contratante e obedecidas pelos empregados, desta forma, pode-se justificar que a segurança do trabalho começa no trabalhador, daí a necessidade de informá-lo e treiná-lo através de cursos, palestras e textos elucidativos para que o esforço concentre-se na conscientização dos funcionários em todos os níveis. A efetiva implementação dos projetos contribuirá significativamente para ampliar as ações de prevenção, além de qualificar os atos de diagnóstico, tratamento e reabilitação. Para que todas essas etapas sejam efetivadas com sucesso, é de absoluta necessidade a motivação da equipe interdisciplinar intervindo na saúde do trabalhador em geral.

A saúde ocupacional é uma importante estratégia não somente para garantir a saúde dos trabalhadores, mas também para contribuir positivamente para a produtividade, qualidade dos produtos, motivação e satisfação do trabalho e, portanto, para a melhoria geral na qualidade de vida dos indivíduos e da sociedade como um todo.

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

O problema de alcoolismo e abuso de drogas na empresa

O alcoolismo e o abuso de drogas são problemas globais que afetam todas as áreas da vida. Nas empresas eles também estão presentes. No livro de Paul M. Muchinsky tem uma passegem que diz: "álcool e trabalho. Esta tem sido sempre uma relação preocupante. O efeito pode ser desencadeado pelo vinho. Muitas vezes o talento mais simples é encerrado por causa disso”.

Outros estudos mostram que dois terços das pessoas que trabalham usaram drogas ilegais e entre quatro a cinco milhões de pessoas nos Estados Unidos usam cocaína usualmente. Todos os anos 50 bilhões são gastos em cocaína nos Estados Unidos, a mesma quantia que empresas gastam anualmente em programas de prevenção ao abuso de substâncias para seus funcionários.

Os efeitos físicos que o álcool provoca são as sensações de moleza e de cansaço, dificuldade para se concentrar, dor de cabeça e enjôo, entre outros. Além disso, há desconforto também para quem trabalha ao lado. O álcool é responsável por grande parte dos acidentes de trabalho que acontecem após o almoço. A pessoa que faz o uso de álcool tende a ser inquieto, ansioso e agressivo. Atualmente há os médicos têm alertado que o "happy hour" pode levar à dependência. O álcool é ainda um dos grandes responsáveis pelo absenteísmo na segunda-feira: a pessoa bebe muito no final de semana e não consegue encarar o trabalho por causa da ressaca.

O uso de cigarros faz causar abstinência, irritabilidade, inquietação, ansiedade e queda na concentração, queda da produtividade. É comum que a pessoa conviva com esses sintomas o dia todo, livrando-se deles após o fumar. A grande maioria das empresas oferece locais para os fumantes, o "fumódromos". Estes locais protegem os não fumantes, mas por outro lado induz que o trabalhador perca em média uns 15 minutos de serviços que poderiam ser produtivo à instituição. Com a maconha e a cocaína os sintomas são o mesmo, mas com mais intensidade.

É sábido que o uso concomitante de drogas combinadas, como o álcool, maconha e cocaína e também o uso inadequado de drogas terapêuticas irá piorar a produtividade do trabalhador e causa instabilidade no emprego, já que as habilidades cognitivas (vigilância, monitoramento e raciocínio) estão bastante afetadas.

Os funcionários mais inclinados a trabalhar sob influência do álcool ou de outras drogas são homens com menos de 30 anos de idade e que a probabilidade de agir assim aumenta quando eles se sentem infelizes com o seu trabalho e se socializam frequentemente com colegas fora do trabalho.

O envolvimento com as drogas e o álcool depende além do ambiente do trabalho, do estilo de vida do trabalhador e das questões econômicas. No livro do autor mencionado consta que o custo total do abuso do álcool é de 70 bilhões de dólares e o custo para as drogas é de 44 bilhões de dólares. A tendência desses custos é aumentarem. De acordo com a Associação Brasileira de Ergonomia (1998) calcula-se que o custo com esta doença chega a ser de bilhões de dólares na América do Norte. No Brasil, o custo é maior que um milhão por funcionários ao ano.

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

A LER e a DORT no ambiente laboral

A LER é a lesão por esforços repetitivos que acomete os trabalhadores, seus principais sintomas são as dores em determinados locais principalmente nas mãos e nos ombros. A maioria destas pessoas é afastada dos empregos e recebem pensões especiais, indenizações e assistência diferenciada. Recentemente, surgiu o termo "distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho" (DORT). Este é muito abrangente, dispensa a relação causal, não exige qualquer explicação quanto ao mecanismo de acometimento, sendo suficiente à relação com trabalho.

De acordo com a Associação Brasileira de Ergonomia (1998) calcula-se que o custo com esta doença chega a ser de bilhões de dólares na América do Norte. No Brasil, o custo é maior que um milhão por funcionários ao ano.

Um grande evento na história da LER ocorreu em 1986 quando após reunião de consenso, o National Institute of Occupational Safety and Health (NIOSH), nos Estados Unidos, emitiu a seguinte declaração: "Quando as exigências do trabalho... repetidamente excedem a capacidade biomecânica do trabalhador, as atividades tornam-se indutoras de trauma. Portanto, traumatógenos são as fontes de lesões no local de trabalho que afetam o sistema músculo-esquelético". Com esta declaração o "distúrbio por traumas repetitivos" ("DTR"), tradução de "cumulative trauma disorder" ("CTD"), termo mais utilizado nos Estados Unidos, foi colocado na lista das preocupações nacionais. Funcionários de sindicatos e da segurança do trabalho, bem como a mídia, foram ágeis em avisar seus membros e o público em geral dos perigos potenciais do "DTR". O impacto econômico nas empresas foi dramático. Os prêmios dos seguros, nos Estados Unidos, que antes representavam 1% a 5% das folhas de pagamento, em alguns casos atingiram 30%, afetando a competitividade das empresas (dados da Academia Americana de Neurologia).

Os fatores do trabalho que podem provocar a DORT podem vir isolados ou agrupados dentre eles são: posturas inadequadas, carga estática, carga músculo-esquelética, pressões locais sobre os tecidos, invariabilidade das tarefas, fatores organizacionais e psicossociais ligados ao trabalho, grau de adequação do posto de trabalho, zona de atenção e visão, frio e vibrações.

A avaliação dos trabalhadores deve ser baseada nos exames físicos, no histórico clinico - ocupacional e na realização de testes de sinais. Deve-se também se ater aos aspectos psicológicos, pois estes podem influenciar a percepção de dor. Já que esta possui dois componentes: um físico, que pode ser real ou potencial (o paciente supõe que um evento pode ser fonte de dor) e um emocional ou psíquico.

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

O estresse na vida organizacional

O estresse se origina da relação entre a pessoa e o ambiente em que ela se encontra. O estresse é uma alteração psicofisiológica do organismo, apresentável através de sintomas físicos e psicológicos, para reagir a uma situação de tensão e opressão. O estresse é um processo e não uma reação única, pois a partir do momento que uma pessoa é submetida a uma fonte de estresse, um longo processo bioquímico se instala, e cujo início se manifesta de maneira bastante semelhante, por sintomas como taquicardia, sudorese excessiva, tensão muscular, boca seca e sensação de estar em alerta.

Atualmente, o estresse é endêmico nas organizações e trata-se um problema alarmante uma vez que afeta a produtividade da empresa e a própria vida pessoal do trabalhador. O estresse é uma condição dinâmica, na qual uma pessoa é confrontada com uma oportunidade, restrição ou demanda relacionada com o que ela deseja.

De acordo com o pesquisador canadense Hans Selye há dois tipos de estresse: o “bom estresse” e o “mau estresse” referindo-se a eles como eutress e distress, respectivamente. O bom estresse é indispensável para a vida, pois além da resposta a pequenos agentes estressores ser benéfica, é também indispensável ao desenvolvimento das funções do ser. Já o mau estresse surge quando os acontecimentos da vida emocional e orgânica do indivíduo ultrapassam seu limite, seja por intensidade, qualidade ou quantidade. E os efeitos desse estresse dependem diretamente da raça, do sexo, da idade e da situação socioeconômica. Desta forma, no ambiente organizacional, o eutress corresponde a um ponto positivo, pois ajuda o trabalhador a solucionar problemas, que aparecem constantemente. Já o distress pode vir a trazer graves conseqüências.

É notório que o aparecimento do estresse nas organizações é resultante da interação entre o trabalhador e as condições ambientais de trabalho. Tais como: autoritarismo do chefe, a desconfiança, a pressão das exigências e cobranças, o cumprimento do horário do trabalho, a monotonia das tarefas, falta de perspectiva profissional, a insatisfação pessoal, sobrecarga de trabalhos sem pausa, tarefas monótonas, isolamento, falta de participação e de autonomia, conflito entre superiores e colegas, salário não satisfatório e condições físicas como ruídos, temperatura, luminosidade. Estes fatores contribuem para baixar o humor e também provocam o estresse.

Além desses , há os internos que influenciam no surgimento do estresse no ambiente de trabalho. Estes se referem às crenças e aos valores pessoais e está relacionado à personalidade e como reagir à vida. . Nem sempre o perigo ou as ameaças são reais, às vezes imagina-se ou interpreta-se uma situação como sendo perigosa ou ameaçadora. Em ambas as situações o organismo vai reagir da mesma maneira, provocando os sintomas do “estado de alerta”. Quando o perigo real é retirado, o organismo volta a seu normal, acabando com os sintomas. Quando o perigo é imaginário, o organismo fica constantemente em “estado de estresse”, diminuindo sua resistência a doenças, podendo assim, como resultado gerar uma úlcera, infarto ou outra doença qualquer.

As conseqüências causadas por tais agentes estressores podem ser drásticas para a vida do trabalhador e para a produtividade da empresa. pesquisas têm demonstrado o aparecimento de várias doenças como DORT, problemas psicológicos e, mais notadamente, problemas cardíacos. Pode-se destacar que o estresse ainda está relacionado a cargos específicos, como os caracterizados pela repetitividade das tarefas, monotonia e atenção constante. Pesquisas com bombeiros indicam que uma das principais fontes de estresse entre a classe não é o atendimento aos chamados de incêndio, mas sim a espera pelos chamados e a ansiedade associada à espera de pôr suas habilidades em prática. É o fluxo contínuo de incidentes relativamente “insignificantes” que quebra o tédio associado à vigilância e reduz o nível de estresse.

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

15 minutinhos na fila!!!

O serviço é um produto essencialmente intangível que consiste em atividades, benefícios ou satisfação e que não resultam na propriedade de algo. Tem como características a intangibilidade, a perecibilidade, a variabilidade e a inseparabilidade.

A função de operações é o coração ou a função central da maioria das organizações. É a função que provê produtos ou serviços aos clientes, envolvendo projeto, planejamento, controle e melhoria do sistema. O estabelecimento de diferenças entre sistemas de operação, que apresentam determinadas características e que irão requerer direcionamento gerencial específico, é útil e oportuno, principalmente se reconhecermos que uma empresa pode conter mais de uma configuração de sistemas de operações.

Os bancos como organizações de prestação de serviços financeiros, estão cientes desta nuances que cercam os serviços. Sua grande dificuldade reside no tempo gasto em cada serviço. Mesmo com a utilização da Tecnologia da Informação, seus clientes ainda necessitam de uma prestação de serviço direta. Que por muitas vezes, não os satisfazem.

Em Aracaju, a Prefeitura do Município sancionou uma lei que garante a prestação do serviço dos bancos em 15 minutos. Estas organizações sabem o quão difícil é esta tarefa, devido ao que já foi mencionado. Entretanto, se prezam a satisfação do cliente, então terão que cumprir com esta obrigação. Serão 15 minutinhos na fila que garantirão uma excelente vantagem competitiva.

domingo, 9 de setembro de 2007

9 de setembro, dia do Adminstrador

Nesta data comemora-se o dia do Administrador, dia em que foi assianada a lei nº 4.769, de 09 de setembro de 1965 que regulamenta a profissão. Dia em que deve ser reconhecida a profissão daquele que estuda e adquire as competências necessárias para o bom funcionamento da organização. Daquele que faz esta seguir o caminho do desenvolvimento em prol dos indivíduos que a compõe, assim como da sociedade em que esta inserida. Este 30º post e para parabenizar todos aqueles que dignificam esta profissão, sejam eles alunos, professores e administradores e todos aqueles que lutam para o fortalecimento desta profissão. Estamos entrando na era do administrador e sua competência será mais que necessária para o desenvolvimento do país.

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

A inflação e sua influência econômico-financeira

A inflação é um dos temas de maior relevância nos estudo sobre Finanças. Isso é notório já no seu conceito: aumento contínuo e persistente no nível geral de preços. Esse aumento é refletido nas flutuações de todos os bens e serviços produzidos . Age de forma prejudicial em uma economia. Isso é fato. O transcorrer da historia econômica brasileira nos prova. Quase todas as políticas econômicas adotadas no decorrer dos anos, fracassaram ao tentar combatê-la. Algumas estagnaram por um curto período de tempo sua ação, mas não o suficiente para permitir o desenvolvimento econômico do país.

Ela impede o desenvolvimento econômico por diminuir o poder aquisitivo de muitos dos agentes econômicos. Os assalariados que não tiverem reajustes nominais em seu vencimento o seu salário real será reduzido, ou seja, perde seu poder de compra. O mesmo acontece com aqueles que possuem renda fixa. E o exemplo dos proprietários de imóvel de aluguel, que perdem o poder aquisitivo dos alugueis, mas são compensados com a valorização dos preços dos imóveis. Os empresários sofrem menos os efeitos, pois reajustam os preços dos produtos e serviços com base nas taxas de inflação. Neste contexto, fica fácil observar que o agente econômico que mais é afetado pelos da inflação é o assalariado. Ela fomenta a desorganização do mercado de capitais e o aumento da procura por ativos reais. Surgem déficits no balanço de pagamentos, pois muitas das taxas de juros de empréstimos no exterior acompanham a taxa de inflação. Há dificuldades para financiamento do setor público.

Umas das estratégias mais usuais para combater essas distorções, principalmente em economias onde há altas taxas de inflação é através da indexação das rendas e dos ativos da economia. Porém, essa indexação afeta as finanças pessoais e organizacionais, podendo levar a um descontentamento a quem quer investir e não há retorno favorável nesse contexto. Para a economia de um país se estabilizar todos os agentes devem fazem sacrifícios em prol do ganho coletivo. Esse ganho coletivo gera um retorno positivo no longo prazo.

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Ao investir, qual o melhor risco a correr?

Ao se objetivar um ótimo retorno em um investimento feito, tem-se que correr riscos. No estudo de Finanças, duas abordagens sobre o risco são apresentadas. De ante mão, podemos conceituar o risco como a chance que ocorra um evento desfavorável e salientar que a sua relação com o retorno é tal que nenhum investimento será feito, a menos que a taxa de retorno esperada seja suficientemente alta para compensar o investidor pelo risco percebido do investimento.

O risco isolado é a primeira abordagem considerada por um investidor. Investir em um ativo altamente lucrativo é vantajoso. Para certificar-se de sua vantagem à administração financeira junto com a estatística criam subsídios de análise. Demonstram o quanto pode ser lucrativo ou não o investimento em um único ativo. Entretanto, os investidores aversos ao risco não o gostam, exigindo taxas de retornos mais altas como incentivo à compra de papeis de maior risco. Quanto mais alto for o risco de um papel, mais baixo será seu preço e mais alto seu retorno exigido, assim como seu prejuízo. Daí, para muitos, formar uma carteira de investimentos ser mais vantajoso.

Um ativo mantido como parte de uma carteira tem menor grau de risco do que o mesmo ativo mantido isoladamente. O risco e retorno de um título isoladamente deveriam ser analisados em termos de como aquele papel afeta a perda e ganho da carteira em que se encontra. Uma carteira com uma boa diversificação pode trazer ótimas vantagens para o investidor, como a compensação de um título altamente lucrativo em detrimento de um que trouxe prejuízo. O bom balanceamento da carteira é muito importante para o bom relacionamento entre risco x retorno. Entretanto, fortes prejuízos podem ser conseguidos como uma carteira mal diversificada.

É quase uma unanimidade entre especialistas do mercado financeiro, que a abordagem do contexto em carteira ser melhor do que o investimento isolado. Mas, a escolha é critério do investidor. É seu capital que será utilizado. O retorno que ele almeja será posto em cheque, ao escolher em que abordagem o risco ser mais vantajoso.