sexta-feira, 21 de setembro de 2007

O problema de alcoolismo e abuso de drogas na empresa

O alcoolismo e o abuso de drogas são problemas globais que afetam todas as áreas da vida. Nas empresas eles também estão presentes. No livro de Paul M. Muchinsky tem uma passegem que diz: "álcool e trabalho. Esta tem sido sempre uma relação preocupante. O efeito pode ser desencadeado pelo vinho. Muitas vezes o talento mais simples é encerrado por causa disso”.

Outros estudos mostram que dois terços das pessoas que trabalham usaram drogas ilegais e entre quatro a cinco milhões de pessoas nos Estados Unidos usam cocaína usualmente. Todos os anos 50 bilhões são gastos em cocaína nos Estados Unidos, a mesma quantia que empresas gastam anualmente em programas de prevenção ao abuso de substâncias para seus funcionários.

Os efeitos físicos que o álcool provoca são as sensações de moleza e de cansaço, dificuldade para se concentrar, dor de cabeça e enjôo, entre outros. Além disso, há desconforto também para quem trabalha ao lado. O álcool é responsável por grande parte dos acidentes de trabalho que acontecem após o almoço. A pessoa que faz o uso de álcool tende a ser inquieto, ansioso e agressivo. Atualmente há os médicos têm alertado que o "happy hour" pode levar à dependência. O álcool é ainda um dos grandes responsáveis pelo absenteísmo na segunda-feira: a pessoa bebe muito no final de semana e não consegue encarar o trabalho por causa da ressaca.

O uso de cigarros faz causar abstinência, irritabilidade, inquietação, ansiedade e queda na concentração, queda da produtividade. É comum que a pessoa conviva com esses sintomas o dia todo, livrando-se deles após o fumar. A grande maioria das empresas oferece locais para os fumantes, o "fumódromos". Estes locais protegem os não fumantes, mas por outro lado induz que o trabalhador perca em média uns 15 minutos de serviços que poderiam ser produtivo à instituição. Com a maconha e a cocaína os sintomas são o mesmo, mas com mais intensidade.

É sábido que o uso concomitante de drogas combinadas, como o álcool, maconha e cocaína e também o uso inadequado de drogas terapêuticas irá piorar a produtividade do trabalhador e causa instabilidade no emprego, já que as habilidades cognitivas (vigilância, monitoramento e raciocínio) estão bastante afetadas.

Os funcionários mais inclinados a trabalhar sob influência do álcool ou de outras drogas são homens com menos de 30 anos de idade e que a probabilidade de agir assim aumenta quando eles se sentem infelizes com o seu trabalho e se socializam frequentemente com colegas fora do trabalho.

O envolvimento com as drogas e o álcool depende além do ambiente do trabalho, do estilo de vida do trabalhador e das questões econômicas. No livro do autor mencionado consta que o custo total do abuso do álcool é de 70 bilhões de dólares e o custo para as drogas é de 44 bilhões de dólares. A tendência desses custos é aumentarem. De acordo com a Associação Brasileira de Ergonomia (1998) calcula-se que o custo com esta doença chega a ser de bilhões de dólares na América do Norte. No Brasil, o custo é maior que um milhão por funcionários ao ano.

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