terça-feira, 3 de julho de 2007

A video-locadora on-line

O ciberespaço configura o arranjo organizacional e a forma de negociar no mercado. Muitos produtos são vendidos e entregues através da via da internet. Os filmes não são diferentes. Cada vez mais lançamentos, filmes antigos, dentre outros tipos são compartilhados no ciberespaço. Muitas vezes de forma ilícita. Mas, um acordo entre diferentes empresas pode mudar este contexto. Os cinemas poderão se deslocar para o telespectador.

Este acordo que menciono, foi noticiado há poucos meses nos principais sites de noticias. A Waner Brothers, ciente dos prejuízos causados pela distribuição on-line de seus lançamentos, resolve firmar uma parceria como a empresa dona do Bit torrente – o meio mais fácil de distribuir filmes – para que num futuro bem próximo, a distribuição on-line de películas possa ser lucrativa para a industria do cinema. Entretanto, antes mesmo de os cinemas passarem a ser on-line, as vídeo-locadoras precisam primeiramente desta reformulação.

Este tipo de empresa deixou de ser lucrativa há anos. Depois que os filmes passaram a distribuídos entre os internautas, elas vivem em perigo. Muitos filmes antes de ser lançados em dvd já estão no HD de seus clientes potenciais. Mesmo estes lançamentos estarem cada vez mais rápidos, ainda não é suficiente para elas poderem se sustentar e não perecerem num futuro não muito distante (provavelmente daqui a quatro anos). Porém, como estas empresas poderiam aproveitar o potencial de distribuição do ciberespaço?

Primeiro, elas necessitam tornassem empresas virtuais, com um site simples com seções bem definidas em que o internauta/cliente levasse pouco tempo para clicar e baixar o seu filme favorito. A forma de pagamento poderia ser via débito bancário eletrônico ou por uma mensalidade paga de acordo com os filmes baixados. Segundo, ter uma superestrutura eletrônica capaz de satisfazer os anseios de seus clientes, como qualidade dos filmes, rapidez no download e proteção de filmes. Terceiro, para agradar as distribuidoras, tornar estes arquivos perecíveis, cujo tempo de funcionamento estaria limitado ao valor pago pelo telespectador. Além disso, colocar uma trava no arquivo para evitar a cópia e a distribuição do cliente que comprou a exibição no ciberespaço.

Até parece utópico, mas pode ser uma realidade não muito distante. Exigiria pesados investimentos em tecnologia de distribuição e segurança dos filmes, o que pode desanimar os donos das vídeo-locadoras tradicionais. Bom, quem quer sobreviver num mercado em constante mudança e que necessita de pleno movimento para suportar a carga de transformações, desembolsar pensando no longo prazo é a única solução.

2 comentários:

Anônimo disse...

Cara legal este post. Mas discordo de vc. Não acho que as video-locadoras tenha uma vida tão cura. Acho que elas ainda vão durar muito. E realmente elas precisam se utilizar da net para aumentar seu número de serviços.

Anônimo disse...

Brother, quanto tempo. Recebi seu mail divulgando seu blog. Essa história de filme on line já é realidade. Kda dia p passa os cinemas ficam obsoletos e vão fecha as portas. Abraço.