domingo, 6 de maio de 2007

A instrumentalização da Psicologia pelo Administrador



A Administração é uma ciência social aplicada (não é uma arte como alguns afirmam) de enorme abrangência de aquisição de conhecimentos. Um administrador precisar entender de filosofia, sociologia, direito, economia, contabilidade, psicologia. Esta última tem ganhado enfoque centralizado. Uns argumentam por que as duas ciências, psicologia e administração, surgiram praticamente na mesma hora e daí possuem similaridades. Outros, porém, salientam que o comportamento humano é a principal chave de desempenho ótimo de uma organização. E qual é a ciência que estuda o comportamento humano?

A psicologia é influenciada por diversas abordagens. Temos a psicanálise, o behaviorismo, o humanismo e o cognitivismo. Estas linhas analisarão (ou tentarão analisar) o quanto estas abordagens podem ser úteis para o administrador. Mas também, podemos visualizar inutilidades destas abordagens. Iniciemos com a psicanálise.

O aparelho psíquico, formado pelos modelos estrutural e processual, tem um chamariz excelente. É de fascinar os entraves que podem ocorrer entre Id, Ego e Superego e também como nosso conhecimento pode ser armazenado entre as três camadas do nosso consciente. Conhecer os mecanismo de defesa pode melhorar o trato entre chefes e subordinados. Observou? Já temos uma boa funcionalidade da psicanálise. Como ter uma boa interação com nossos subordinados. Como podemos influenciar a briga de seu aparelho psíquico processual e como desenterrar seu conhecimento do seu inconsciente. São perguntas que podem ser respondidas pela psicanálise.

O planejamento estratégico pode ser mais bem implantado (e é onde está a sua chave de sucesso, pois só é bem sucedido se suas ações saírem como planejado) conhecendo-se estes conceitos. Ponto para a psicanálise. Passemos para o behaviorismo, o grande influenciador do marketing.

Bem, já visualizamos onde esta abordagem se encaixa. Será preciso explicar mais algo? Sim. Se um administrador de marketing pensar somente que o ambiente molda o comportamento do consumidor, ele estará falindo a empresa que trabalha. Torna-se primordial conhecermos o ponto crítico do behaviorismo. O ambiente não molda o comportamento do indivíduo, mas é um dos influenciadores.

Os conceitos destas duas escolas são amassados e jogados no lixo pelos humanistas. O ser é o fator mais importante de um indivíduo. A liberdade e a responsabilidade moldam a competitividade no trabalho. A centralização ajuda na racionalização de um problema na empresa. O trabalho em equipe, nem precisa ser comentado. A ansiedade pode ser um mal ou um benefício que afeta a eficiência no trabalho. Esta seqüência dos conceitos demonstra a importância do humanismo, mas esta abordagem é pouco aproveitada na Administração. Temos a influência de Maslow com sua teoria da motivação. É muito pouco.

E o cognitivismo? Onde ele se encaixa? O estudo dos processos intelectuais tem alguma serventia? Para responder estes questionamentos é só nos situarmos na nova economia. A economia em rede, onde o conhecimento navega nas “ondas” da internet. A intelectualidade é a vantagem competitiva que garante a sobrevivência de uma organização hoje. As pessoas detêm esta vantagem. O cognitivismo explana o que é inteligência e sua modelagem. O administrador focado na nova economia, tem os livros da escola cognitivista em sua biblioteca.

As abordagens foram apresentadas, com comentários sucintos, sem muitos termos rebuscados. E a análise? Fica evidente que um administrador que não conheça psicologia, não saberá lidar com as pessoas que compõe a organização. A estrutura hoje é mais flexível e às vezes pode ser abstrata (as empresas virtuais respondem). Entretanto, não é necessário que o administrador torne-se um psicólogo e até mesmo um psiquiatra. Aprender o funcionamento das abordagens e ter estes profissionais ao lado é mais sensato.

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