domingo, 26 de agosto de 2007

A influência do ciberespaço nas organizações e no trabalho

O ciberespaço veio para diminuir ainda mais os tempo e os movimentos. É a ferramenta organizacional com maior destaque nos negócios atualmente. Mas ele não só modela os negócios, pois como o novo meio de comunicação que surge da interconexão mundial dos computadores ele integra e interagem as culturas. Faz surgi a cibercultura. A partir daí a qualidade de vida e o trabalho passam por um processo de reengenharia.

Há uma profunda reorganização dos negócios. As empresas expandem seus relacionamentos ao agir em rede. Redes internas e externas são o caminho do desenvolvimento organizacional. As redes internas ganham maior destaque devido a permitir a integração entre os indivíduos da organização. Surge o conceito de empresa eletrônica e empresa de rede. Empresas eletrônicas são aquelas que tem como base sua organização e processos através da Internet ou outras redes de computadores. Empresa de rede é a organização que é o resultado entre a interação entre firmas diferentes de acordo com diferentes projetos. As empresas modificam sua cadeia estática de valor, transformando-a em uma rede de valor.

Essas mudanças atingem também o ambiente organizacional. A facilidade de comunicação trazida pelo ciberespaço favorece a interação do mercado financeiro. O fluxo de informações aumenta o número de investimentos em diversos lugares do mundo. Mas, as principais mudanças são as que tocam a qualidade de vida e o tempo para realização do trabalho. Há o surgimento da mão-de-obra genérica e a autoprogramável, mesmo o trabalho possuindo as características anteriores à inovação causada pela internet, acrescido à capacidade de descobrimento, processo e aplicação de informações. A primeira, sugere que o trabalho não necessita ser realizado pelo homem. A segunda, a principal competência do trabalhador é o cognitivismo.

A cultura de inovação influencia as pratica de negócios. A inteligência coletiva é o marco da transferência do conhecimento da cultura de inovação. Porém, cada vez mais, o trabalho está se tornando a única forma de socialização do indivíduo. Ser alguém é devido ao trabalho realizado. Daí surge os escravos do trabalho. O tempo aparentemente liberado pelas tecnologias é transformado em cibertempo, tempo de trabalho mental absorvido pelo processo de produção ilimitada do ciberespaço. Teve-se a necessidade de mudança cultural, colocando o trabalho cognitivo em destaque.

Existe uma desvinculação do trabalho com o prazer e convívio social. Com o crescente investimento em trabalho, vivemos uma limitação pessoal. E o nasce o imperativo da competição na vida diária. Estes termos, moldam a qualidade de vida e o tempo a ser disponibilizado ao trabalho.

sábado, 25 de agosto de 2007

A Administração Clássica e a modelagem do trabalho

A existência humana é marcada pelo trabalho. Desde que abandonou o nomadismo e o extrativismo, ele é obrigado a caçar e pescar, construir moradias, cultivar alimentos, criar rebanhos e gados, podendo-se considerar todas essas atividades como trabalho. O dicionário define trabalho como sendo a aplicação das forças e faculdades humanas para alcançar determinado fim ou ainda a atividade coordenada, de caráter físico e/ou intelectual, necessária à realização de qualquer tarefa serviço ou empreendimento .

Este ato adquiriu diferentes características conforme a época e a civilização em que esteve inserido, passando pelo escravismo da antiguidade e das colônias européias, pela servidão feudal e pela manufatura das guildas de artesãos. No entanto, com a revolução industrial, o trabalho sofreu uma forte mudança em sua natureza, que a partir deste momento entra num processo de constante mudança, esta que pode ser relacionado com o surgimento e evolução da teoria organizacional (ou da teoria geral da Administração).

A Administração como ciência surge quando se pensa em racionalizar o trabalho em função do tempo. O estudo de tempos e movimentos de Taylor previam a separação do trabalho em processos, visando uma melhora da produção com cada tarefa a ser realizada no trabalho. Neste mesmo período, na França, o engenheiro Henri Fayol descreve os 14 princípios gerais da Administração, estes que caracterizam o pensamento administrativo do começo do século. Sob a influência das escolas Científica Clássica da Administração, o trabalho passa a ser marcado pela centralização do comando e pela divisão do trabalho. O operário é visto como um mero operador da máquina, um recurso que pode ser encontrado em abundância no ambiente, dado o crescimento das cidades e o ganho de eficiência das indústrias.

Com a realização da experiência Hawthorne, percebe-se a influência de fatores sociais no processo produtivo. O homem deixa de ser visto apenas pela ótica econômica e se passa a considerar as necessidades socais de pertencer a um grupo. A abordagem humanística chega a importantes conclusões, como a que o trabalho é uma atividade tipicamente grupal e que, normalmente, o operário não reage como indivíduo isolado e sim como membro de um grupo.

No entanto, apesar de representar um avanço em relação ao Taylorismo, a teoria das Relações Humanas apresenta um enfoque manipulativo, pois ao invés de propor uma mudança real na estrutura do trabalho, ela visa diminuir a resistência dos funcionários, para assim aumentar a produtividade. Estas três abordagens, junto com a escola burocrática, dão os primeiros passos para modelagem tecnológica do trabalho.

sexta-feira, 24 de agosto de 2007

A configuração tecnológica da Nova Modelagem do Trabalho

A tecnologia desde sua aparição tem um relacionamento de transformação e destruição entre homem e trabalho. Ela facilita a vida do homem, permitindo que o mesmo tenha mais tempo de usar seus pensamentos e ter menos esforços. Ela remodela o trabalho e as organizações. . Sua evolução revira as concepções teóricas sobre os negócios. No estudo de tempos e movimentos, a tecnologia foi o fator que permitiu a realização e a pratica dos princípios de Taylor. Ford introduziu as concepções de produção em escala, que se utilizava da tecnologia aplicada ao estudo taylorista. Muitos outros podem ser os relatos que fazem da tecnologia o diferencial numa organização.

Entretanto, quando se fala em trabalho, a tecnologia possui as características de destruição latentes. Marx salienta que as máquinas utilizadas no fluxo de produção acabam criando o trabalho produtivo e o improdutivo. O produtivo é aquele executado pelo trabalhador e o improdutivo aquele que gera a mais-valia, que valoriza o capital. Este último é que se predomina nas organizações ao longo do tempo. São as tecnologias industriais que substituem a força física do trabalhador.

Jeremy Rifkin, em O Fim dos Empregos, faz uma análise bastante critica de como as organizações mudam sua produção em detrimento do descarte do trabalhador. O fator largamente utilizado para explicar a diminuição de postos de trabalho é a globalização. Ela alimenta a competitividade, pois o alcance de muitas empresas passa a ser global. Também força as organizações, principalmente as multinacionais, a acelerar a transição entre trabalhadores e seus substitutos mecanizados. E esta troca, gera um descontentamento daquele que não estava preparado para mudança e passa a ser descartável. Já Manuel Castells, no seu livro A Galáxia da Internet, fala que apesar da grande automação dos negócios, ainda há espaço para trabalhadores que participam passivamente da produção. Estes trabalhadores estão nos centros menos automatizados, com má distribuição de renda e com seus baixos salários, por vezes em sub-emprego, tornam-se bons investimentos para as empresas, apesar dos encargos trabalhistas serem altos.

Essas mudanças causadas pela automação do trabalho criam um ambiente de incerteza. Os empregos cada vez mais diminuem, apesar de que o fluxo de trabalho está em ascendência. Essas mudanças alteram a forma de agir dos trabalhadores, porque sem perspectiva de emprego, problemas sociais e pessoas vêm à tona.

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

As armadilhas da Tecnologia da Informação

Ao tornar as organizações em empresas eletrônicas, os administradores otimizam ainda mais o fator tempo. Ultrapassam em várias léguas os princípios do estudo de tempos e movimentos. A cadeia de valor apresentada por Potter torna-se a rede de valor, mais dinâmica e ágil, sendo quase em tempo real. A Tecnologia da Informação (TI) também transforma a trajetória da tomada de decisão. Entretanto, o numero quase infindável de informações processas pela TI pode causar uma turbulência de informações , gerando prejuízos irrecuperáveis.

Os sistemas de produção são flexibilizados pela TI. Tem-se rapidez nas transações financeiras, que passam a ser realizadas eletronicamente e facilitam o acompanhamento do que se investiu. O aumento da competitividade das empresas por meio da TI, as deixam com maior visibilidade e mais atraentes aos investimentos. As companhias puramente on-line apropriam-se melhor da previsibilidade, da possibilidade de organizar a administração, da produção e da distribuição na Internet. Só que, essas praticidades trazem consigo a vulnerabilidade da organização. As empresas começam a sofrer ataques externos de hackers e crackers em seus sistemas. Informações confidenciais são violadas e distribuídas na rede.

Ainda não existem novas abordagens que tratem das organizações contemporâneas, que vivem em um ambiente integrado por rede, o que as tornam mais complexas do que já eram. Novas técnicas surgem, como a reegenharia, o benchmarking, dentre outros, mas são nada menos que a contextualização das abordagens clássicas. Há quem considere a administração holística como uma nova abordagem, porém não se inserem como teoria que venha a discutir os impactos da TI. Essa inexistência se reflete no trato a nova modelagem do trabalho.

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

A importância do disgnóstico da Depressão nas empresas

O organismo ao chegar a um ponto insustentável de sobrecarga, manifestado através de situações de extrema pressão psicológica, desligando-se do fluxo de comunicação gerado pelas relações interpessoais, faz surgir uma repentina desmotivação psíquica que os psicólogos chama de depressão. Palavras de Franco Berardi em seu livro, a Fábrica da Infelicidade.

Ela está intimamente arraigada na nova economia. O ambiente dos negócios, dominado hoje pelas tecnologias digitais, ajuda no crescimento desta psicopatologia dentro das organizações. Muitos são os gestores que não percebem que seus subordinados estão depressivos, porque ela começa a se formar no momento em que o modelo disciplinar de gestão comportamental, as regras de autoridade, o planejamento de objetivos desvinculados com os anseios individuais, interferem no comportamento do empregado.

Para Franco Berardi, a depressão é estimulada pela competitividade individual, pois muitos são os chamados e poucos os escolhidos, mas a norma social não conhece a possibilidade do fracasso. Então, não só o ambiente empresarial que interfere na configuração desta psicopatologia. O convívio em sociedade também a caracteriza. Os anseios dos indivíduos compartilhados nas relações interpessoais e que não são atendidos moldam seu comportamento, criando uma situação que alimenta essa psicopatologia.

A depressão afeta a produtividade do individuo e seu relacionamento com as pessoas que o cercam. Principalmente as que são de seu convívio familiar. São estes que sofrem as conseqüências da crise depressiva. Daí a importância do diagnostico e tratamento desta psicopatologia não só por aqueles que cercam os afetados por ela, mas também pelas organizações, pois as pessoas são um dos seus pilares.

sexta-feira, 10 de agosto de 2007

O relacionamento interpessoal para manter um elevado QI

O relacionamento interpessoal é o que move as empresas. Elas são estruturadas por objetos, tecnologia e pessoas. Este último componente é o que lhe dá fluidez. Quando a organização necessita de pessoas para compor sua estrutura, busca a Administração de Recursos Humanos para prover-se. Para tal, esta utiliza o processo de agregar pessoas, que se vale das atividades de recrutamento e de seleção para atrair e colocar os talentos nos lugares certos.

Muitas são as tarefas inerentes ao recrutamento e seleção. Podem ser listadas: o recrutamento por meio de agências de empregos, por anuncio em jornais, concurso, dentre outros. Porém, a que as empresas mais utilizam hoje, não só por proporcionar menos custos, mas também pela maior aceitabilidade na escolha, é a por indicação de funcionário. Essa é a famosa prática de recrutamento e seleção por “QI” (Quem Indique).

O QI tem em sua defesa a seguinte argumentação: o funcionário da empresa só indicará alguém com plenas capacidades para assumir o cargo preterido, por que, caso contrário, a sua reputação será abalada. A organizações cientes de tal peso psicológico estão cada vez mais se utilizando dessa prática. Também, outro benefício apontado pelo QI centra-se no maior comprometimento do empregado contratado desta forma. A adaptação à empresa é facilitada devido a quem indicou ser um ótimo guia para o novo funcionário.

Assim, cada vez mais as relações interpessoais tornam-se fator diferencial nas práticas organizacionais, sem falar na vida cotidiana. Manter uma excelente network é um diferencial competitivo. Orkut, MSN, blogs, Myspaces, Second Life são os integradores sociais mais usados no momento. São as ferramentas de enriquecimento da nossa rede de relacionamento. Contudo, caráter, respeitabilidade e ética não podem deixar de existir em nós, para não abalarmos nossa network.

terça-feira, 7 de agosto de 2007

Me leva Tarantella


Em um mercado de commodities a diferenciação é a principal dificuldade enfrentada pelo marketing. O de pizzas e afins pode ser considerado análogo a este mercado. Daí, tudo o que distingui uma empresa das concorrentes deve ser tocando a frente. É o caso desta pizzaria que formulou esta engenhosa campanha. Por isso, postei esta foto aqui. Não costumo fazer isso, mas achei interessante e merecia. Estou aplicando o marketing viral (que audácia a minha).

Pois bem. Está aí a promoção. Tem o intuito de preencher a oferta em dias de pouca demanda. Também, pode ser ótimo instrumento de fidelização. As pizzas de lá são muito boas. Então, imagine-se sendo buscado em casa, para comer uma deliciosa pizza e depois voltar da mesma forma a sua residência mais que satisfeito. Quem formulou esta promoção deve ser conhecedor das estratégias mais eficazes de fidelização. Ótima idéia. Agora, basta estender a promoção para os outros sabores. Se possível, também transformar isso um serviço fixo e não apenas uma promoção. Daí, a concorrência vai perder os cabelos.

domingo, 5 de agosto de 2007

Poluição nos escritórios

Em recente pesquisa, comprovou-se que os escritórios tecnologicamanente atuais possuem mais poluição que as via publicas. As impressoras a laser são um dos vilões (link: http://www.baboo.com.br/msn/content.asp?z=300&id=29497). Não é à toa que saúde ocupacional tornou-se o tema mais importante quando se fala em produtividade. Um ambiente de trabalho saudável é um fator motivacional (a administração clássica, por meio dos estudos de Mayo, já mencionava isso).

A preocupação das empresas deve ser intensa. Prioridade número 1. As tecnologias atuais, mesmo ergonomicamente planejadas, tem seus efeitos colaterais. Mas, elas podem ter menos influência se a organização fazer prevenção preventiva. Manter o ambiente laboral limpo e imunizado. Um funcionário saudável é um funcionário produtivo. Então, vamos aplicar os 5 S .

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

O açougueiro e os Livros

Tem um determinado açougue em Brasília em que o cliente, além de se deparar com o balcão habitual, ele tem aos seus olhos um ótimo acervo de livros. Uma excelente iniciativa de divulgação da cultura. Que ama os livros faz de tudo para que ele chegue a diversas mãos e que diversos olhos grudem as suas páginas. Um trabalho esplendoroso, digno de aplausos, assobios e demais reverências.

A matéria foi ao ar no Jornal Nacional (vasculhem neste link: http://jornalnacional.globo.com/Jornalismo/JN/0,,3586,00.html, o nome da matéria é: Açougueiro abre biblioteca no Distrito Federal). Mostra a dedicação dele junto com um professor – que se diz seu discípulo – em expandir a cultura, tornando acessível o livro. Eles tiveram a idéia de espalhar por diversos cantos da cidade estandes com os livros. O acervo pode ser requisitado a qualquer hora do dia e detalhe: é totalmente grátis. Iniciativas como essa que fazem o Brasil ser um país viável. Nossa criatividade é nossa maior competência.

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

O funcionário BOMBRIL

O ambiente multitarefa implantado pela Tecnologia da Informação muda o caráter da realização do trabalho. Um funcionário pode digitar um relatório, visualizar dados em uma planilha, coletar informações sobre a flutuação das ações na Bovespa e escutar as músicas de Jorge Vercilo que foram gravadas no HD de seu micro. É o tudo em um.

O tudo em um relaciona-se com a administração do tempo. Tempo é o recurso mais precioso da organização contemporânea. Ele dita as características e competências que uma empresa precisar ter, para garantir sua sobrevivência no mercado voraz de hoje. O termo eficiência nasce com a essa caracterização do tempo. Quanto mais alta a eficiência organizacional, melhor o tempo pode ser aproveitado. Esse aproveitamento depende de um manipulador eficaz deste recurso: o funcionário BOMBRIL.

Ser “mil e uma utilidades” é possível com a criação do ambiente multitarefa dos sistemas de escritório atuais. Independente de ser Linux ou Windows, várias tarefas devem ser possíveis de se realizar pelo usuário dos sistemas de escritório. Também os de sistemas de informação gerenciais, de tomada de decisão, dentre outros, devem ser capazes de manipular o tempo em multitarefa. O grau de alcance da otimização do tempo visando a competitividade, dependerá de quão veloz o sistema operacional seja, o que garantirá o tudo em um.

A Tecnologia da Informação impacta o uso e abuso no tempo no mundo dos negócios. Cria o caráter do funcionário BOMBRIL que tem que ser multitarefa, sua nova competência primordial. Se ele não se mostrar de “mil e uma utilidades” o funcionário ASSOLAM (tinha que ter este trocadilho) entra em cena.