domingo, 20 de maio de 2007

“O homem inventou a ferramenta e a ferramenta reinventou o homem”

Esta frase tem uma força que nos preocupa. Não lembro o autor, mas lembro do impacto que senti ao vê-la na tela de um filme. O filme era “Nós que aqui viemos, por vós esperamos”. Um filme que trata da banalização da morte, dos momentos raros de alegria ... e outras coisas. Porém, esta frase nos remete ao poder de transformação da tecnologia.

A tecnologia esta presente desde a descoberta do fogo pelo homem. Foi através dela que conseguimos sobreviver sendo tão frágeis. Devemos nosso poder de reviravolta de situações difíceis a ela. Entretanto, hoje sua influência é preocupante. Não é só mais percebida no trabalho. Sua ação em nosso cotidiano é remodeladora.

As organizações só atingiram o seu estágio de modernidade do momento, devido ao uso “racional” e dinâmico da tecnologia. O termo entre aspa é intencional. De racional o seu uso passa a ser abstrato. Postos de trabalho ganham novas configurações, empregos tornam-se escassos e os trabalhadores infelizes. Há quem diga que novos empregos foram criados. Empregos em que a principal potencialidade do homem, o seu cognitivismo, está sendo aproveitada. Entretanto, são poucos os contemplados e muitos os descartados.

Com uma massa desempregada, sem instrução tecnológica, sem perspectivas de melhoria, sem o futuro a ser almejado, com fortes inclinações ao ilícito, repensa-se agora se realmente a tecnologia nos trouxe benefício. Para os processos organizacionais não há dúvidas. Para o antigo apêndice da máquina, questiona-se. A convergência há de ser divergente.

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